Alimentação inadequada, falta de atividade física e estresse de todo tipo são as principais causas da obesidade, uma verdadeira epidemia que aumenta de modo significativo os riscos de diabetes, hipertensão, aterosclerose, câncer e sabe-se lá quantas outras mazelas. As dietas tradicionais nem sempre se mostram armas eficazes para tratar esse problema, tendo em vista que apenas 1/3 das pessoas que apelam para programas de emagrecimento genéricos tem sucesso. Como falei em meu último artigo, a nutrigenômica pode ser considerada a maneira mais saudável de combater o excesso de peso.
Um dos princípios básicos dessa ciência é tratar cada pessoa como detentora de um tipo metabólico diferente. Em resumo, ela divide as pessoas em três grandes grupos: tipo carbo, tipo proteína e tipo misto, levando em conta os genes de cada indivíduo. Depois de estabelecido o tipo metabólico, não tem erro, o paciente fica satisfeito e eu também, já que respeitando-se as indicações, pode-se comer à vontade.
Nessa avaliação é determinado o perfil bioquímico-metabólico do paciente para saber o que seu organismo realmente precisa. Idade, estilo de vida, condições de saúde física, aspectos psicológicos e mentais, até mesmo o clima do lugar onde o paciente vive devem ser considerados. Essas informações e os resultados de exames clínicos e de laboratório formam a sólida base que contribui para a identificação de cada tipo metabólico e para o sucesso do tratamento.
A prescrição da dieta, assim, é feita sob medida para o paciente, que pode esperar resultados como chegar ao peso ideal, prevenir e reverter doenças degenerativas, fortalecer o sistema imunológico, atingir e manter o peso ideal, melhorar os níveis de energia e de clareza mental, equilibrar o humor e controlar a depressão, melhorar o desempenho físico e a resistência e aumentar a libido e o prazer de viver.
Descubra o seu tipo metabólico
Há quem funcione melhor com uma dieta rica em carboidratos e com pouca gordura, enquanto outros precisam de uma alimentação em que predominam proteínas e gorduras. Há ainda os que respondem melhor a uma dieta mista, que combine esses elementos de forma equilibrada. Com esse simples teste é possível ter uma ideia do seu tipo metabólico. É só responder sim ou não para cada uma das perguntas para ver o resultado. Lembre-se de responder o teste com sinceridade e sem pressa.
1. Meu apetite no café da manhã é forte?
2. Meu apetite no almoço é forte?
3. Meu apetite no jantar é forte?
4. Ficar mais que quatro horas sem comer é desconfortável?
5. Eu fico freqüentemente faminto e preciso de um lanche entre as refeições?
6. Vivo para comer e não como para viver?
7. Refeição com carne ou peixe me deixa com mais energia?
8. Refeição vegetariana não sacia minha fome?
9. Comer carne ou alimento gorduroso restaura minha energia?
10. Prefiro alimento salgado ou gorduroso do que alimento doce?
11. Só frutas não me satisfazem?
12. Ficar de jejum é muito difícil?
13. Comer antes de dormir melhora meu sono?
14. Suco de laranja pela manhã não me faz bem?
15. Café tende a me deixar acelerado ou nervoso, com tremores?
16. Meus olhos e/ou nariz tendem a ficar úmidos?
17. Preciso urinar freqüentemente durante o dia?
18. Eu tenho que tossir e limpar minha garganta frequentemente?
19. Prefiro dormir pela manhã?
20. Se me corto, a ferida cicatriza rápido?
Resultados
Se você marcou 18 ou mais respostas como não o seu tipo metabólico provavelmente é carbo.
Prefira proteínas leves, como as vegetais ou de leite e derivados; reduza os laticínios e prefira aqueles com baixo teor de gordura; verduras, legumes, grãos e frutas são ótimos para você; excesso de proteína ou gordura suga suas energias e pode causar ansiedade e irritação; Grãos estão liberados mesmo que os integrais sejam os mais indicados; não consuma mais de um alimento rico em carboidrato numa refeição, como pão e batata; alguns legumes, como feijões e lentilhas, não combinam com seu tipo metabólico por isso, consuma-os com cautela e em geral o álcool é bem tolerado.
Se você marcou 18 ou mais respostas como sim o seu tipo metabólico provavelmente é proteína.
Coma proteína, de preferência de origem animal em cada refeição, inclusive nos lanches; use vegetais pobres em amido, como alface e repolho; grãos são bons pra você, mas evite farinhas refinadas, especialmente de trigo; evite frutas em grandes quantidades (abacate, maçã, pêra e banana meio verde podem fazer parte do cardápio); evite margarina e óleos hidrogenados e substitua-os por manteiga e óleos prensados a frio; evite álcool, café, chá preto e refrigerantes e diminua o açúcar.
Se você marcou menos de 18 respostas sim e menos de 18 respostas não, o seu tipo metabólico provavelmente é misto.
Inclua proteína nos lanches; evite sobrecarregar o pâncreas; desejo por doces após as refeições pode indicar ingestão demasiada de grãos, para isso convém aumentar a proporção de proteína na próxima refeição; desejo por doces após consumir frutas indica o consumo de muito carboidrato e pouca proteína; diminua o consumo de qualquer tipo de açúcar; pão deve ser ingerido com proteína, como manteiga ou peito de peru, para evitar uma liberação rápida de insulina; ingerir alimentos de alto índice glicêmico com alguma proteína para manter baixa a taxa de conversão do açúcar; cuidado com bebidas alcoólicas. Causam alterações de glicemia, aumento de depósito de gordura e facilitam a ocorrência de doenças degenerativas; grãos contêm proteínas de difícil digestão.
Agora que você já tem ideia do seu tipo de metabolismo, basta prestar atenção nas dicas para cada um dos perfis metabólicos.
Super Saúde!
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