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Textura estranha, nem rígida e nem flexível. Também não tem uma cor atraente, que motive uma mordida e, menos ainda, sabor agradável. Mesmo assim, há quem não resista a mordiscar as unhas e roê-las até que sangrem os dedos. "O organismo sofre com os microorganismos que são ingeridos e também há riscos para os dentes", afirma o dermatologista Octávio Moraes Júnior, da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Normalmente associado a crises de ansiedade ou de autoestima, o mau hábito tem cura. Há desde soluções mais simples, como o uso de esmaltes, até outras mais trabalhosas e que vão além dos cuidados estéticos. Conheça algumas opções sugeridas pelos especialistas e trace a sua estratégia para acabar com a mania de roer as unhas.
Identifique os momentos que despertam a mania
Roer as unhas é um alerta de ansiedade. Para lidar com o sentimento, sem destruir a aparência das mãos, que tal mapear os momentos em que você entra em crise? "Repare se isso acontece numa reunião de trabalho, no trânsito ou na hora de tomar qualquer decisão importante", afirma a psicóloga Idáira Amoretti Santos, de Santa Catarina.
Sabendo o que causa o problema, é hora de aprender a lidar com ele: você pode inventar a sua própria maneira ou buscar ajuda de um terapeuta, caso ache que será difícil acabar com a mania por si só. Mas o segredo está no autoconhecimento.
Mantenha as unhas curtas e lixadas
Manter as unhas curtas e lixadas evita que elas se enganchem em roupas ou objetos, inibindo aquela vontade incontrolável de arrancar o pedacinho lascado - e aí dar início à roedura sem fim. Além disso, conservá-las assim dificulta o acúmulo de micróbios, sujeira e produtos químicos, explica o dermatologista Octávio. "Quem tem unhas fracas também deve evitar o uso de acetona, que aumenta a porosidade e só piora o problema", explica o médico.
Faça as unhas semanalmente
Manter as unhas feitas é um grande incentivo para as mulheres pararem de roê-las. No caso dos homens, o efeito depende do uso de base: o produto, além de dar gosto ruim às unhas, deixa a superfície delas mais lisa e dificulta o atrito com os dentes. Mas reserve uma semana por mês para deixar as unhas sem esmalte. "O uso constante de acetona leva a à descamação da unha", afirma o dermatologista.
Teste o esmalte com gosto ruim
O uso do esmalte com gosto ruim ajuda a lembrar que roer as unhas não está com nada. Ao levar as mãos à boca - ato impulsivo na maioria das vezes - o sabor amargo serve como lembrete de que é melhor parar já com isso. "Chega um momento em que a pessoa perde a consciência de que está roendo suas unhas e o esmalte pode ajudar neste processo", afirma a psicóloga Idáira.
Antes de comprar o produto, no entanto, peça indicação de um dermatologista e se previna contra problemas relacionados à ingestão.
Tente unhas postiças
Existem dois tipos de unhas postiças: as compradas prontas e as que são moldadas sob medida. Nos dois casos, a estratégia é criar uma barreira sobre a superfície original e dificultar a vida de quem está acostumado a roer as unhas. Mas, assim como o esmalte de gosto ruim, o uso pede cautela. "A aplicação constante pode alterar a estrutura das unhas e deixá-las fracas. Isso pode levar à descamação e até causar infecções", afirma o dermatologista.
Mastigue um chiclete
O chiclete não é solução, mas ajuda a dar uma folga para as unhas. O movimento repetitivo, quase inconsciente, também pode funcionar como uma válvula de escape para a ansiedade. "Mas a solução definitiva só vem quando você entende o que desperta a ansiedade e descobre maneiras de aliviar as crises", afirma a psicóloga Idáira.
Extravase a ansiedade
Roer as unhas é uma atitude de defesa contra a ansiedade, por isso maneiras de aliviar este sentimento ajudam a combater o mau hábito. A prática de exercícios físicos ou de atividades relaxantes, seja ouvir um CD ou escrever num blog, ocupa a sua atenção enquanto as unhas ficam de lado.