Manuela Pagan é jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero (2014) e em fisioterapia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (2008).
iO que é o peeling de diamante
O peeling de diamante é um peeling físico, ou seja, utiliza um equipamento próprio para esse fim para promover uma microesfoliação da pele. Entre os principais objetivos do procedimento estão a remoção das células mortas que ficam na camada mais superficial da pele e a estimulação à produção de colágeno.
Para entender mais sobre o tratamento, confira o vídeo a seguir:
Outros nomes
O método também pode ser chamado de microdermoabrasão, nome dado aos procedimentos não invasivos de esfoliação da camada superficial da pele.
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Indicações do peeling de diamante
A esfoliação promovida pelo peeling de diamante renova a camada celular da pele, e, segundo estudo da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, publicado em 2009 no periódico científico Archives of Dermatology, induz alterações celulares na pele que ajudam a rejuvenescê-la. O que acontece é que para alterar a aparência da pele, o procedimento estimula a produção de colágeno, a principal proteína responsável por dar forma, estrutura e sustentação à pele. Segundo os pesquisadores, quanto mais agressivo o método - sem, claro, destruir o tecido da pele - maior o estímulo à produção de colágeno.
Este procedimento estético está indicado para tratar manchas superficiais - as chamadas melanoses, que estão localizadas na epiderme, camada superficial da pele. O peeling de diamante promove a esfoliação da epiderme, promovendo a eliminação das melanoses.
Também pode haver melhora nas cicatrizes de acne, mas como nesse caso as lesões são mais profundas, a melhora é mais discreta - ela acontece em função da esfoliação da pele e estímulo à renovação das células da camada superficial, mas não age profundamente, onde começam essas lesões.
Da mesma forma, rugas finas são marcas mais profundas e por isso têm um benefício discreto, ele ocorre principalmente quando, junto ao peeling de diamante, é feito uso de cosméticos que agem suavizando as linhas de expressão.
Poros muito abertos, quando submetidos à esfoliação do peeling de diamante, também diminuem. Isso acontece por que os poros tem formato de cone, portanto quanto mais pele é removida, mais estreitos eles ficarão.
Segundo o dermatologista Jardis Volpe, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, o peeling de diamante pode também ser usado para melhorar o aspecto das estrias, principalmente as avermelhadas, mais recentes. O benefício acontece devido ao estimula de células novas, que promoverão uma cicatrização mais discreta na região.
O peeling de diamante pode ser feitos em pessoas com qualquer tonalidade de pele e até mesmo nas bronzeadas. Neste caso, o bronzeado será removido junto com a pele superficial.
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Regiões do corpo em que pode ser feito
O peeling de diamante pode ser usado em qualquer parte do corpo. Além do uso facial (rugas, manchas, poros dilatados), os mais comuns são: rejuvenescimento do colo (amenizando rugas e linhas finas), rejuvenescimento das mãos (melhorando a textura, rugas finas e manchas) e para estrias vermelhas e brancas.
Como é feito o peeling de diamante
Não é necessária qualquer anestesia prévia. Inicialmente é feita a higienização da pele, em seguida é aplicada a ponteira de diamante no local de tratamento. O profissional realiza movimentos em linha ou círculos sobre a pele. É comum que o profissional estique a pele com as mãos para permitir que a ponteira trate toda a pele. A região dos olhos não deve ser tratada com sucção e os lábios não devem receber o peeling.
O equipamento é constituído por uma ponteira com um diamante na sua extremidade, rígido e capaz de promover o lixamento da pele. Existem três diferentes tipos de ponteiras: a maior, de 75 mícrones de diâmetro; a intermediária, de 100 mícrones e a menor, de 150 mícrones. As ponteiras de 100 e 150 mícrones fazem uma esfoliação mais delicada, enquanto a de 75 age de maneira mais profunda na pele, com sucção mais intensa.
A escolha pela ponteira depende do problema a ser tratado, estrias, por exemplo, pedem tratamento mais intenso, enquanto para a pele do rosto é recomendado começar com esfoliações mais leves, qualquer que seja o problema.
Após a sessão, a pele fica levemente avermelhada e pode descamar levemente durante alguns dias. Jardis Volpe conta que, em geral, o peeling de diamante não é doloroso. Porém, em casos em que a esfoliação é mais intensa, como no caso das estrias, pode haver desconforto, mas ainda assim leve.
Cuidados antes do peeling de diamante
É recomendada a suspensão do uso de ácidos, como por exemplo o ácido retinoico, de 24 a 48 horas antes do procedimento, pois são componentes que deixam a pele mais sensível. Além disso, a paciente deve questionar o seu dermatologista sobre outros produtos que devem ser suspensos antes das sessões.
Cuidados após o peeling de diamante
O paciente deve hidratar a pele durante uma semana com hidratantes recomendados pelo médico para o período após o peeling, em geral esses produtos ajudam também na regeneração da pele. A dermatologista Marcela Studart recomenda o uso água termal, cuja principal função é acalmar a pele, à vontade. O uso de ácidos só deve ser retomado após sete dias, pois a pele estará sensibilizada. O rosto deve ser lavado com sabonete neutro por um período de sete dias após o procedimento.
A dermatologista Marcela Studart recomenda o uso de filtro solar com FPS mínimo de 50, que proteja contra radiação UVA e UVB, com reaplicação de, no mínimo, quatro em quatro horas. Os protetores solares físicos são as melhores opções, pois seus compostos reagem menos quimicamente com a pele em comparação com os filtros solares químicos, o que diminui as chances de irritações.
Para reconhecer o protetor solar químico, fique atenta às informações da embalagem. Nem todos têm a informação de que se trata de um protetor solar físico, mas a maioria contém as palavras bloqueador e hipoalergênico na embalagem, além disso, boa parte deles também conta com cor de base para maquiagem.
Dê preferência às maquiagens hipoalergênicas, que têm menor probabilidade de gerar irritações na pele sensibilizada.
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Sessões de peeling de diamante
"O numero de sessões varia de 3 a 5, de acordo com o caso, com periodicidade quinzenal", explica a dermatologista Marcela Studart, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Caso o paciente queira apenas a renovação da pele, três sessões bastam. Quem precisa aliviar a aparência de cicatrizes de acne, estrias e poros muito abertos deve fazer pelo menos cinco sessões. Cada sessão dura em média 30 minutos.
Contraindicações do peeling de diamante
Para peles sensíveis ou com rosácea o peeling de diamante e qualquer outro tratamento que faça o lixamento da pele não são boas opções, pois é grande o risco de a pele ficar ainda mais irritada. Peles com inflamações, como uma acne amarelada, por exemplo, também não devem passar pelo procedimento sob o risco de aumentar a inflamação ou mesmo espalhar micro-organismos pela pele. Caso haja microlesões em outros locais, pode haver o surgimento de novas acnes. O dermatologista Jardis Volpe explica que é necessário que o dermatologista faça uma avaliação detalhada da pele antes do peeling de diamante, principalmente em peles envelhecidas, com maiores chances de lesões. "O dermatologista deve avaliar se não há nenhuma lesão pré-cancerígena ou já cancerígena, pois nesse caso não é indicado o peeling de diamante".
Grávida pode fazer?
Grávidas podem fazer o tratamento, mas sempre é indicado a mulheres gestantes que consultem o médico antes de passar por qualquer procedimento estético. A atenção deve ser redobrada caso seja feita a associação de cosméticos ao peeling de diamante.
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Peeling de diamante com uso de cosméticos
Está comumente associado o uso de cosméticos ao peeling de diamante. Logo após a esfoliação, o profissional aplica o produto e o paciente deixa o consultório ainda com o creme em questão no rosto. A remoção das células mortas permite que esses produtos sejam melhor absorvidos e tenham efeito mais visível. Alguns exemplos de produtos usados são as vitaminas C e E e hidratantes.
Com o mesmo objetivo, há também a associação do peeling químico ao peeling de diamante. Nesse caso o procedimento é feito pelo dermatologista e são utilizados ácidos, como o ácido retinoico, o ácido salicílico e o ácido glicólico para manchas e cicatrizes de acne.
Peeling de diamante X peeling de cristal
O peeling de damante e o peeling de cristal têm a mesma função e eficácia. Ambos podem fazer desde uma esfoliação leve da epiderme até a remoção completa, a profundidade é regulada por quem está aplicando o método na pele do paciente. A única diferente é que o peeling de diamante faz uma renovação celular através do atrito das ponteiras diamantadas de diversos calibres com a pele, já o peeling de cristal libera microcristais, que são os responsáveis pela esfoliação.
Resultados
O resultados do peeling de diamante são mais visíveis se associados ao peeling químico, explica a dermatologista Marcela. "Nesse caso, já temos resultado desde a primeira sessão". No caso do peeling de diamante isolado, o resultado pode ser visto a partir da terceira sessão. O paciente pode esperar diminuição dos poros e das estrias, melhora do aspecto de cicatrizes, rugas finas e estrias e um melhor aspecto da pele de maneira geral.
Possíveis complicações
A ação do sol pode gerar manchas claras ou escuras nas áreas que foram esfoliadas e estão mais sensíveis. Também podem ficar cicatrizes caso o peeling seja feito de forma mais profundo. "Nesse caso, podem aparecer pequenos pontos de sangramento, que acabam formando uma pequena lesão com casquinha, que pode, pela ação do sol, virar uma mancha", explica a dermatologista Marcela Studart. As chances de surgirem marquinhas são ainda maiores caso o paciente retire com os dedos as casquinhas que podem se formar. Além disso, é comum que após a sessão a pele fique levemente avermelhada. Ela pode ainda descamar levemente durante alguns dias.
Profissionais que podem aplicar
É importante que a paciente vá a um dermatologista, profissional apto a avaliar sua pele e indicar ou não o peeling de diamante. Além do médico, o tratamento pode ser feito por fisioterapeuta ou esteticista.
Fontes consultadas
Dermatologista Marcela Studart (CRM: 706035), membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia.
Dermatologista Jardis Volpe (CRM: 116049), membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.