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"Filhos? Melhor não tê-los! Mas se não os temos. Como sabê-lo?". Esse é o início do Poema Enjoadinho, de Vinicius de Morais, em que ele discorre sobre como os filhos dão trabalho, mas também muito prazer. Porém, entre todas as preocupações que as crianças trazem aos pais, uma delas não pode ser ignorada: os custos financeiros da questão!
E, sinto lhe informar, muitas vezes é uma verdadeira facada, desde antes de a criança sair da barriga da mãe, até os gastos com roupas, comida, dentro de casa. O pesquisador Adriano Maluf Amui, do INVENT (Instituto Nacional de Vendas e Trade Marketing) decidiu colocar na ponta do lápis, levando em conta os valores de 2012. E percebeu que até os 23 anos de idade, os filhos podem gerar um gasto que ultrapassa 1 milhão de reais, no caso de famílias de classe B.
Mas é aí que começam alguns problemas, até mesmo emocionais. "Pais que fazem sacrifícios pesados para dar tudo aos filhos podem passar um sentimento de dívida a ele. É preciso ter cuidado e observar até onde os gastos são razoáveis, e nunca jogar isso em cima da criança", acredita a psicóloga Angélica Santos, especialista em Psicologia Clínica, Organizacional e do Trabalho, consultora da Libratta Finanças Pessoais e coautora do livro "Família, Afeto e Finanças" (Editora Gente).
Para não causar mal-estares psicológicos e financeiros na estrutura familiar, vale mesmo é se preparar com antecedência, já prevendo e se preparando para esses gastos. A partir das divisões feitas pela pesquisa de Adriano, conversamos com especialistas para descobrir como estar preparado e até minimizar todos esses custos. Se seu plano é ter uma criança, dê uma olhada nessas ideias!
Reserva financeira
Alguns pais gostam de deixar um dinheiro guardado também para o futuro dos filhos. Por isso, esse item também foi considerado na pesquisa feita por Adriano Amui, sendo o menor valor da lista: 28.800 reais. Nem todo o pai precisa fazer isso, porém. Para Rogério Olegário, vale mais a pena pensar primeiro na própria aposentadoria. "É preciso criar filhos independentes, mas o pai precisa ser independente também e reservar dinheiro para si. Se ele se endividar para garantir o futuro da criança, pode gerar um sentimento de dívida nela", acredita o consultor financeiro.
Mas tendo o seu próprio futuro garantido, às vezes vale a pena sim pensar então no do seu pequeno, como reforça Ricardo Texeira. "No meu ponto de vista, é preciso pensar no bem-estar de todos, mas o grande beneficio é o seguro que vem atrelado a esse tipo de plano para falta do pai ou mãe, que garante o pagamento de um determinado tipo de educação para a criança", pondera o especialista.