Pós-Doutorado em Imunologia Clinica e Alergia pela FMUSP – SP – 2002-2004. Doutor em Patologia pela FMUSP – SP – 2...
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Para alguns, outono é sinônimo de programas caseiros e ficar embaixo das cobertas. Para outros, é a estação de intermináveis espirros, noites mal dormidas, congestão nasal e até crises de falta de ar.
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Se você se encaixa nesse último perfil, então é muito provável que seja um alérgico ou um portador da asma. Mas saiba que esses e outros problemas podem ser resultado de alguns hábitos que você cultiva e nem sequer se dá conta. Conheça algumas atitudes simples que podem mudar essa realidade:
1. Limpe a casa
Um dos principais desencadeadores das alergias são os ácaros, presentes no pó domiciliar. Por isso, a higienização de cada cômodo é fundamental para evitar crises alérgicas e de asma ou bronquite, que nada mais são do que uma alergia crônica e aguda, explica o alergista Clóvis Galvão, Presidente da Associação Brasileira dos Asmáticos, em São Paulo.
Limpar, entretanto, não significa apenas passar um pano nos móveis e varrer o chão. Cortinas, tapetes, sofás e ar-condicionado também precisam fazer parte da faxina. Só cuidado com o exagero. Produtos com alto poder de limpeza, que são, em geral, os que têm odor extremamente forte, podem irritar o sistema respiratório do alérgico.
2. Cuide do seu pet
Se o contato com animais não te faz bem, seria aconselhável, no mínimo, não tê-los na sua própria casa. Mas, se isso está fora de cogitação, pelo menos não deixe que ele entre ou durma no seu quarto. Outra medida importante é dar banho no animal pelo menos uma vez a cada duas semanas.
Clóvis também sugere que o local em que o pet permanece a maior parte do tempo seja limpo toda semana, afinal, de nada adianta deixá-lo limpinho se o seu espaço continua sujo.
3. Prepare a cama
Para muitos alérgicos, a hora de dormir é mais estressante do que relaxante. Espirros ininterruptos, coriza e falta de ar são apenas algumas das sensações características desse momento. Para evitar esses e outros desconfortos, algumas mudanças devem ser feitas.
"Alérgicos devem dar preferência ao edredom ao invés do cobertor, que solta pelos", pontua Clóvis. Além disso, é recomendado o uso de capas antiácaros em seu colchão e travesseiro que, juntamente com as cobertas, devem ser lavados regularmente.
4. Consulte seu médico
É comum alérgicos e portadores da asma terem recaídas no inverno, devido às condições climáticas. Isso não quer dizer que você deve se resignar e sofrer toda vez que uma estação mais fria chega. Assim, é fundamental marcar uma consulta com um alergista para que seu problema seja diagnosticado e tratado corretamente.
5. Tome a vacina contra a gripe
"Tomar a vacina contra gripe não evita resfriados comuns, mas afasta aquelas gripes mais fortes", alerta Clóvis. Quem já tem problemas respiratórios crônicos, portanto, deve tomar a vacina para não colocar ainda mais obstáculos contra o bom funcionamento de seu aparelho respiratório.
A vacina é indicada para todas as pessoas, mas especialmente para alérgicos, portadores da asma, idosos e grávidas, uma vez que ela também protege o recém-nascido. Vale lembrar, inclusive, que a vacina contra a gripe também protege contra o vírus H1N1.
6. Agasalhe-se
É normal que, ao passar de um ambiente fechado para um externo, com ar frio, o alérgico logo apresente reações do sistema respiratório, como espirros e inchaço nasal. "O choque térmico inevitavelmente interfere em seu aparelho respiratório, fazendo com que o seu sistema imunológico ofereça uma resposta exagerada a esse estímulo", explica Clóvis Galvão.
Por isso, o ideal é sempre sair de casa bem agasalhado e com um cachecol ou lenço cobrindo o nariz para que o ar gelado não entre em contato direto com ele.
7. Não fume
O cigarro é prejudicial para todas as pessoas, mas para o alérgico ele pode ser ainda mais destrutivo. O fumo favorece a evolução de alergias respiratórias e asma. A peculiaridade do inverno em relação ao seu uso é o fato de a estação tornar ainda mais evidente essa piora, uma vez que a estação costuma ser caracterizada pelo ar seco e pela poluição concentrada.
Para o alergista Clóvis Galvão, alérgicos fumantes têm grandes chances de se tornarem futuros portadores da asma, e a permanência do hábito fará com que as crises fiquem cada vez mais fortes e mais difíceis de serem tratadas.