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iPesquisadores da Universidad de Granada, Espanha, provaram que musicoterapia, quando combinada a outras técnicas de relaxamento, reduz significantemente dor, depressão e ansiedade e melhora o sono entre portadores de fibromialgia.
O estudo teve 60 pacientes que sofrem de fibromialgia, escolhidos aleatoriamente na Espanha e divididos em dois grupos. Durante quatro semanas, foram aplicadas em um dos grupos uma técnica de relaxamento com imagens e musicoterapia, em uma série de sessões conduzidas por um pesquisador.
Esse grupo de pacientes recebeu um CD para ouvir em casa. Em seguida, os pesquisadores mediram uma série de variáveis associadas aos principais sintomas da fibromialgia, como a intensidade da dor, qualidade de vida, o impacto da doença na vida diária do paciente, distúrbios do sono, ansiedade, depressão e bem-estar.
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Enquanto o grupo que não foi submetido à terapia não relatou mudanças na dor, o outro grupo, que passou pela musicoterapia, teve redução significativa de dor e depressão depois das quatro semanas de tratamento.
Os estudiosos acreditam que existem ferramentas - como a arte de relaxamento, com imaginação guiada e musicoterapia receptiva - que são, efetivamente, eficientes no tratamento dos sintomas dessa doença. O baixo custo, fácil implementação e o fato de que os pacientes podem se envolver em seu tratamento em casa são algumas das vantagens dessa técnica.
O próximo passo do estudo é descobrir outras variáveis fisiológicas associadas ao bem-estar gerado por essas duas técnicas e o impacto da participação dos pacientes em seu próprio tratamento.
Musicoterapia trata diversas doenças
"A música atinge em cheio o sistema límbico, região do nosso cérebro responsável pelas emoções, pela motivação e pela afetividade", explica Maristela Smith, coordenadora da Clínica de Musicoterapia das Faculdades Metropolitanas Unidas, em São Paulo. Esse é ponto chave da musicoterapia: um método que usa o passado sonoro para tratar males de todo tipo. "Pacientes portadores do Mal de Alzheimer, por exemplo, resgatam aspectos da memória através de canções e sons de rotina", diz a especialista.
O tratamento é altamente indicado para pessoas que apresentam distúrbios de comunicação (como transtornos de fala e gagueira); de comportamento (como hiperatividade); neurológicos, lesões cerebrais e dislexias. Nem as doenças mentais, como autismo infantil, esquizofrenia e depressão, resistem a uns bons acordes.
A terapia com as notas musicais divide-se em etapas: a musicodiagnóstica, em que são coletados dados relativos a historia pessoal, clínica e sonoro-musical do paciente. Em seguida, o especialista detalha seus objetivos e submete ao paciente seu plano de ação.Começa, então, a etapa de tratamento em uma sala especial, com acústica adequada. As sessões incluem música e recursos sonoros variados de CDs, vozes, instrumentos e até mesmo ruídos. O especialista avalia a reação do paciente diante de cada som, documenta tudo e vai comparando os resultados com seu projeto inicial.
"Efeitos positivos têm sido verificados logo nas 10 primeiras sessões, principalmente, no que diz respeito ao desenvolvimento da percepção global do paciente", avalia Maristela Smith.
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