Médica ginecologista especialista em Endoscopia Ginecológica titulada pela FEBRASGO, também professora de Yoga...
iOs problemas sexuais são cada vez mais frequentes entre as mulheres. Segundo um estudo norte-americano, que envolveu mais de 30 mil participantes e foi publicado no Journal of Obstetrics & Gynaecology, cerca de 40% das mulheres têm disfunções sexuais. Elas assumem diferentes formas, como a falta de desejo sexual, a excitação diminuída, a incapacidade de atingir o orgasmo e a dor durante o sexo.
Uma revisão sistemática da Organização Mundial de Saúde incluiu 54 estudos sobre dor ou dificuldade durante o ato sexual, incluindo, ao todo, 35.973 mulheres. A frequência de relações sexuais dolorosas nestes relatórios variou de 8 a 22%.
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Localização da dor
A dor sexual pode ser localizada na vulva - região externa dos órgãos genitais - ou na vagina - o canal entre vulva e útero. Pode até mesmo se manifestar como uma sensação dolorosa no baixo ventre. O desencadeamento do incômodo pode acontecer nas preliminares.
Sensação dolorosa
A dor é chamada de primária - se presente desde a primeira relação sexual - ou secundária - que se desenvolve após relação sexual anterior sem dor. Pode ainda acontecer em toda relação ou ser situacional (com algumas experiências ou parceiros, mas outros não). As causas variam de simples problemas anatômicos até complexas questões psicossociais e biológicas. A interação desses fatores faz com que a relação sexual seja dolorosa.
Diagnóstico
O diagnóstico de um transtorno é baseado na história de dor relacionada à atividade sexual. Há critérios da American Psychiatric Association para diagnosticar os principais distúrbios sexuais femininos. Os médicos devem fazer uso deles para guiar a avaliação.
Para as mulheres com transtornos de dor sexual, uma história completa do que sente e as condições associadas são importantes. O objetivo da história é avaliar os possíveis fatores físicos e origens psicossociais da dor, tendo em mente que muitos casos de dor sexual têm mais de uma causa.
Quanto mais informações a mulher levar para a consulta com a ginecologista e quanto antes procurar ajuda, maiores as chances de que a médica consiga encontrar um caminho correto para melhorar a qualidade de vida dela.