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O Ministério da Saúde confirmou que a infecção pelo Zika Vírus pode provocar também à Síndrome de Guillain-barré. No Brasil, a ocorrência de síndromes neurológicas relacionadas ao vírus Zika foi confirmada após investigações da Universidade Federal de Pernambuco, a partir da identificação do vírus em amostra de seis pacientes com sintomas neurológicos com histórico de doença exantemática. Deste total, quatro foram confirmadas com doença de Guillain-barré.
"O vírus Zika em geral dá uma doença muito leve que dura pouco tempo e sara sozinho, mas em alguns casos muito raros, depois de algum tempo, uma, duas ou três semanas a pessoa que teve a infecção tanto pelo vírus Zika, quanto pelos vários outros tipos de vírus e algumas bactérias, pode ter um problema neurológico chamado Síndrome de Iguiã Barrett", explica Cláudio Maierovitch, diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde.
A Síndrome de Guillain-Barré é uma reação a agentes infecciosos, como vírus e bactérias, e tem como sintoma a fraqueza muscular e a paralisia dos músculos. Os sintomas começam pelas pernas, podendo, em seguida, irradiar para o tronco, braços e face.
A síndrome pode apresentar diferentes graus de agressividade, provocando leve fraqueza muscular em alguns pacientes ou casos de paralisia total dos quatro membros. O principal risco provocado por esta síndrome é quando ocorre o acometimento dos músculos respiratórios, devido à dificuldade para respirar. Nesse último caso, a síndrome pode levar à morte, caso não sejam adotadas as medidas de suporte respiratório. "Por isso, é importante procurar o atendimento", alerta Maierovitch.
O diretor ainda salienta que essa doença não é algo novo: "Importante saber que isso pode acontecer com vários tipos de infecção e que não se trata de uma doença nova, mas merece cuidados médicos para que possa ser curada de maneira adequada", finaliza.