Formado em fisioterapia pela Unifor (Universidade de Fortaleza) em 1985. Participou de cursos e estágios na Europa (Podo...
iAs afecções mamárias representam um importante problema de saúde pública no Brasil atualmente. O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo e o primeiro do Brasil, correspondendo a uma das principais causas de óbitos no país. Diversas campanhas, no Brasil e no mundo, tem orientado a população de que o câncer é curável se detectado e tratado no início.
A fisioterapia tem desenvolvido um papel importante na prevenção de possíveis complicações e na reabilitação de um paciente oncológico. Embora a atuação da fisioterapia nesta área ainda seja nova, tem se expandido bastante. E tem como objetivo preservar, manter e restaurar a integridade cinético-funcional de órgãos e sistemas e prevenir os distúrbios causados pelos tratamentos oncológicos, principalmente aqueles mais radicais como a mastectomia. Neste caso, a fisioterapia atua no pré e no pós-operatório imediato e tardio. Acompanhando o paciente desde o período de preparação para a cirurgia até a reabilitação funcional no pós-cirúrgico.
A fase pré-operatória tem bastante importância, pois reduz o tempo de internação e permite que a paciente retorne mais rapidamente às atividades diárias e ocupacionais. No pós-operatório imediato é dado enfoque nas complicações respiratórias, circulatórias e motoras. Já no tardio, busca-se evitar complicações como limitações de movimentos, linfedema e aderência cicatricial. A dor é uma queixa frequente da paciente, devendo ser controlada e tratada em todas as etapas da doença.
O fisioterapeuta pode utilizar-se de várias técnicas e métodos para alcançar seus objetivos, que incluem: manobras de drenagem linfática manual, exercícios respiratórios, exercícios de alongamento global e fortalecimento muscular como no pilates, além de movimentos de facilitação neuromuscular proprioceptiva e atividades funcionais. Pode-se ainda aplicar reeducação postural global (RPG) para melhorar a postura. Os recursos analgésicos (Tens, crioterapia, mobilização passiva, técnicas de relaxamento muscular) complementam o tratamento fisioterapêutico.
A fisioterapia oncológica, portanto, contribui para a reabilitação do paciente oncológico, trazendo independência funcional e possibilitando uma melhor qualidade de vida com retorno a vida social.