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Mesmo tão nova, Gabriella Salomão, de apenas 18 anos, já tem uma longa história com o esporte. Ela nasceu com mielomeningocele, uma malformação congênita da coluna vertebral em que as meninges, a medula e as raízes nervosas ficam expostas, problema que lhe causou a paraplegia.
Ainda criança, o esporte surgiu em sua vida. "Durante uma consulta no hospital, conheci uma menina que me indicou o lugar que ela jogava basquete em cadeira de rodas e disse para eu ir conhecer", conta Gabriella. E assim, aos 8 anos, ela começou a treinar e não parou mais. Após algum tempo, veio a natação e, há quatro anos, o tênis em cadeira de rodas.
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A atividade física foi tão importante para Gabriella, que também direcionará o futuro da jovem: hoje, com 19 anos, ela estuda Educação Física e quer trabalhar com portadores de necessidades especiais após sua formação. "No esporte descobri minha profissão, minha motivação. É muito importante pra mim", conta ela, que já treina focada nas Paralimpíadas de 2020, em Tóquio.
Academias sem preparo para receber pessoas com deficiências
Você sabia que os aparelhos de musculação precisam ser diferentes para pessoas que possuem algum tipo de deficiência? Criar uma academia assim, totalmente adaptada para quem tem necessidades especiais, é um dos maiores objetivos de Gabriella. "É muito importante entender as patologias de cada necessidade especial", diz ela.
Além disso, a estudante também ressalta que a falta de profissionais qualificados é outro fator preocupante para a inclusão de pessoas com deficiências no esporte. "Eles existem, mas ainda são poucos. Falta preparo com os alunos, até hoje alguns lugares não têm espaço adaptado para pessoas com deficiência, existem muitas barreiras", ressalta.
Apesar de todos os problemas, se depender de Gabriella, o futuro dela e do esporte para pessoas com necessidades especiais tem tudo para ser brilhante! Guardem esse nome.