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O tempo todo, são formados em nosso organismo os radicais livres, responsáveis por parte significativa do envelhecimento celular. A exposição ao sol, a dieta desequilibrada, o consumo de bebidas alcoólicas e o hábito de fumar são os principais causadores da criação deles.
Embora a ação dos radicais livres nos atinja por dentro e por fora, é na pele que ela se faz notar, uma vez que é a parte visível do corpo. "Existe um processo natural de morte celular, e as fibras colágenas e elásticas, que dão sustentação para a pele, também envelhecem. Os radicais livres estimulam ainda mais essa degradação", afirma a dermatologista Valéria Marcondes, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Mas o organismo é inteligente e consegue combatê-los com o auxílio de antioxidantes, presentes na alimentação e em produtos cosméticos. É o que conta o dermatologista e nutrólogo Rafael Soares, professor do Instituto BWS: "Os antioxidantes limpam nosso organismo de radicais livres. 'Roubam' o que há de errado neles, tornando-os substâncias incapazes de nos fazer mal".
Em vitaminas e em elementos químicos
Segundo Valéria, a descoberta dos antioxidantes começou com a pesquisa da vitamina C e sua capacidade de bloquear ou pelo menos reduzir a ação dos radicais livres. Aos poucos, descobriu-se que outras vitaminas, como a A e a E, também conseguiam proteger o organismo.
Elementos químicos, como zinco, selênio, cálcio, ômega 3 e resveratrol foram estudados e entraram na lista dos principais antioxidantes a que temos acesso.
Sejam vitaminas, sejam elementos químicos, todos têm a mesma função. "De maneira bem simples, qualquer antioxidante vai se sacrificar para remover do nosso organismo os radicais livres", diz Rafael.
Prato cheio de antioxidantes
A alimentação é uma das formas de acrescentar antioxidantes ao organismo no dia a dia. Valéria e Rafael indicam comidas fáceis de serem colocadas no prato e no copo para combater os radicais livres:
- Acerola, caju, laranja, limão, melão, morango e tomate: frutas repletas de vitamina C
- Cenoura, batata doce, abóbora, damasco, folhas verdes (como espinafre e brócolis), melão, manga e mamão: ótimas fontes de vitamina A
- Grãos em geral, castanha do Pará, gérmen de trigo, semente de girassol, arroz integral, amêndoa e nozes: para consumir vitamina E, zinco e selênio
- Leite e seus derivados (iogurte, queijo): ricos em zinco e cálcio
- Uva roxa (Niágara) e chocolate: melhores fontes de resveratrol
- Salmão, atum, sardinha e linhaça: ricos em ômega 3.
A melhor maneira de consumi-los é naturais, com casca e, quando possível, crus, de acordo com Rafael. "Os alimentos naturais modificados, como sucos, extratos, polpas e refinados, terão uma quantidade menor de antioxidantes", argumenta.
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Cosméticos: importantes aliados
Além da alimentação, os cosméticos podem ser ótimas fontes de antioxidantes. "Nas fórmulas, as substâncias mais usadas são o resveratrol, o ácido ferúlico, o café e a vitamina C", lista Valéria.
Os protetores solares também têm um papel fundamental na luta contra os radicais livres. A dermatologista explica: "A radiação solar é responsável por boa parte do envelhecimento da pele, porque os raios ultravioleta alteram o metabolismo normal da célula, gerando os radicais livres. O protetor solar diminui o processo de envelhecimento, já que bloqueia os danos do UVA e do UVB nas células".
Se a fórmula do protetor solar tiver também antioxidantes como vitamina C, vitamina E e resviratrol, sua eficácia será ainda maior.
Atenção na hora de escolher o cosmético
Rafael complementa a questão dos cosméticos antioxidantes com alguns cuidados essenciais na hora de escolher um.
"Em primeiro lugar, o frasco não deve abrir para o ambiente. Deve ser um formato em que se aperte para pegar uma pequena quantidade, sem deixar o restante entrar em contato com o ar", afirma. Isso porque, de acordo com o dermatologista, os antioxidantes reagem com o oxigênio do ar, o que diminui sua ação.
Ele também destaca que a substância antioxidante deve estar especificada no rótulo, "pois mostra que é o principal ativo da composição; quando isso não acontece, a concentração é muito pequena para ser eficaz", e que deve haver pelo menos 10% de vitamina C na fórmula.
"Por fim, cuidado com as marcas. Dê preferência para marcas consagradas, que têm a responsabilidade de comprovar sua eficiência com estudos", defende.