Psicóloga formada em 1998 pela Faculdade de Ciências e Letras, com validação e equivalência de diploma pela Universidade...
iMuitas pessoas sofrem profundamente com os sentimentos conflitantes de não ter paciência, de se irritar e acabam por responder com gritos, seja na vida pessoal ou profissional. Essa fala descontrolada é fruto da mente em desequilíbrio.
Pela falta de paciência e sensação de irritação vêm a falta de controle de muitas pessoas que descrevem esse sentimento como se o "emocional ficasse abalado" e explodem em comportamentos agressivos e gritos.
Além do mal-estar geral, quem grita se sente:
- Incompreendido pelo outro
- Inseguro para expressar o que pensa, com dificuldade de comunicação através de palavras precisas.
Ninguém gosta de assistir situações de descontrole, nem de si mesmo e nem de outros. O grito é um símbolo da falta de razão e descontrole. É um desequilíbrio na relação, pois quem grita tem falta imagem de forte e dominador. Em teoria, quem tem razão, pode falar e não precisa gritar. Se faz mal a quem grita (ao corpo e a mente), certamente, faz estrago a quem presencia e escuta.
O que está por trás dos momentos de gritos e desequilíbrio emocional?
Quem sofre com grito e descontrole emocional necessita entender o que está ocorrendo com as ideias, emoções, expressões (tom da fala). É preciso avaliar como está a saúde emocional nesse momento pontual de vida.
Alguns ficam quietos por muito tempo, "engolem sapo", não digerem as emoções e depois extravasam com a força da fala erroneamente, outros agem assim constantemente. Porém, depois da explosão, da descarga de adrenalina, é comum que a razão tome a frente e, talvez, sentimento de culpa, auto analise, autocrítica, lógica e ponderação tenham a presença mais marcante e firme na mente e consciência, por isso, para muitos vem o choro, mal-estar e culpa após esse tipo de situação.
De modo geral, quem grita costuma ter alguns problemas:
- Amigos que se afastam
- Familiares que se afastam
- Problemas no trabalho
- Saúde comprometida pelo excesso de estresse.
Opções de tratamentos
Confiar em nós mesmo, que somos capazes de nos comportar, expressar, argumentar e conversar com equilíbrio é muito gratificante. Desejo que quem precisa alcance esse novo patamar de emoções. Essas mudanças farão bem a todos do convívio.
- Avaliação de saúde física (consulta com um médico)
- Avaliação de saúde emocional (consulta com um psicólogo)
- Exames (se necessários)
- Medicamentos (se necessário)
- Diagnóstico e prognóstico
- Tratamento (se necessários)
- Psicoterapia para ajustes e aprendizado de expressão.
Algumas alterações físicas, por exemplo, hormonais, entre outras, podem alterar o andar da expressão das emoções. Problemas emocionais, possivelmente, estresse, ansiedade ou mesmo depressão (o diagnóstico é feito durante a consulta quando estiver com o profissional), podem fazer parte desse momento. A falta de paciência, irritação com frequência, podem fazer parte desse quadro. Para melhor compreensão, a busca de ajuda profissional é o melhor caminho.
Recomendações
Importante lembrar e ressaltar que o segredo aqui não é saber se controlar, tentar não agir assim, mas aprender novas respostas, quebrar padrão de grito e choro, e com isso, ser capaz de ter novas opções de ações e expressões. Isso é mesmo um aprendizado, necessita treino e interesse pela mudança (que se faz necessário) e esse caminho levará a cura.
Sessões psicoterápicas serão de grande valia para sua saúde emocional. Ao buscar ajuda, se indicado um tratando, iniciando o processo tudo será feito da melhor e mais ajustada maneira para o alcance da cura e bem-estar. Aprender a "gritar baixinho", e falar no tom adequado que é socialmente aceito e lhe renderá bons frutos, será de grande ajuda no equilíbrio da comunicação.
Sucesso naquilo que busca! Até breve!