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A berberina é um fitoterápico, feito com um composto extraído de diversas ervas chinesas, mas principalmente as seguintes ervas chinesas: Phellodendron chinense e Rhizoma coptidis.
Muito usada na medicina tradicional chinesa, hoje ela é consumida como suplemento, já que se acredita que ela pode ajudar na regulação da glicose no sangue e melhora da saúde do coração. Entenda melhor o que já foi comprovado sobre esses benefícios a seguir.
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Benefícios da berberina
Hoje a berberina tem sido foco de diversos estudos sobre seus benefícios. Veja a seguir o que já foi comprovado sobre o fitoterápico:
Regula a glicose no sangue Uma revisão de estudos publicada na revista científica International Journal of Endocrinology mostrou que a berberina pode melhorar a resistência à insulina, quadro em que os tecidos do organismo não absorvem a glicemia corretamente. A resistência a insulina é um quadro que, quando não tratado, pode evoluir para o diabetes tipo 2.
Melhora a ação de medicamentos para diabetes
Estudos mostraram que ao unir esses remédios com a berberina, o efeito hipoglicemiante é potencializado. No entanto, não dá para afirmar que a berberina seja tão ou mais eficiente do que a metformina, remédio mais usado por quem tem diabetes.
Reduz o colesterol ruim
A berberina é capaz de reduzir o colesterol total, os triglicérides e o colesterol LDL, fração considerada prejudicial para o coração. Além disso, quando aliada a medicamentos para o problema, ela ainda ajudava a aumenta a fração HDL, considerado bom para a saúde.
Protege a saúde do cérebro
Estudos têm mostrado que a berberina pode ser protetiva contra doenças neurodegenerativas do cérebro. Por exemplo, ela ajuda a reduzir a produção de proteínas beta amilóides, relacionadas ao desenvolvimento de Alzheimer.
Se ela for administrada logo após um AVC, outros estudos mostram que ela pode proteger os neurônios dos danos causados pelo acidente.
Restaura a microbiota intestinal
A berberina tem sido apontada em estudos como efetiva para recomposição do epitélio intestinal, evitando a passagem de bactérias nocivas para a circulação. Isso ocorre devido a sua ação anti-inflamatória.
Benefícios em estudo da berberina
- Combate o câncer
Um estudo feito em 2016 sobre câncer gastrointestinal mostrou que a berberina tem propriedades anti-inflamatórias e atividade anti-tumoral, no entanto, hoje ela ainda não é usada efetivamente para este fim.
- Baixa a pressão arterial
Estudos preliminares têm mostrado a eficácia da berberina em reduzir a hipertensão, favorecendo a saúde do coração.
- Ajuda a emagrecer
Apenas estudos preliminares, desenvolvidos em ratos, foram feitos sobre a eficácia da berberina no emagrecimento, um focando em sua atividade na queima de gordura e outro mostrando que ela pode influenciar nos hormônios que regulam o apetite. No entanto, ainda não há evidências mais consolidadas sobre essas propriedades.
Quantidade recomendada
Hoje não há uma quantidade recomendada hoje da berberina. Em estudos, sabemos que ratos só começaram a apresentar sinais de intoxicação após consumirem doses 500 vezes maiores do que as encontradas nos suplementos atuais.
Riscos do consumo em excesso
Quando consumida em excesso, a berberina pode provocar sintomas como:
- Náuseas
- Vômitos
- Problemas renais
- Paralisia do centro respiratório.
Contraindicações da berberina
A berberina é contraindicada para mulheres grávidas, pois as plantas de onde ela é retirada podem conter substâncias que estimulam o útero.
Também é contraindicada para lactantes, pois crianças que nasceram sem a enzima glicose-6-fosfato-desidrogenase podem apresentar icterícia se ingerirem berberina.
Interações medicamentosas
A berberina ajuda na ação de alguns medicamentos, como os indicados para diabetes e colesterol alto. No entanto, pode interferir negativamente no funcionamento destes outros:
- Ciclosporina
- Medicamentos para diabetes por conta da berberina ajudar na diminuição da glicemia
- Dextrometorfano
- Anti-hipertensivos
- Medicações com propriedades sedativas.
Ela também pode atrapalhar a eficiência do fígado na quebra de alguns medicamentos.
Referências
Nutricionista Israel Adolfo, especialista em fisiologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
Nutróloga Marcela Vóris, especialista da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN)