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Transpirar muito pode ser um problema para algumas pessoas, mas já imaginou se o seu suor fosse sangue? Esse é o problema enfrentado por uma italiana de 21 anos, que há três anos buscou a emergência de um hospital alegando estar com sangramento nas palmas das mãos e no rosto. Porém, nenhuma dessas regiões de seu corpo tinham cortes ou machucados. Com a dificuldade de um diagnóstico, ela evitava sair de casa e acabou desenvolvendo depressão e síndrome do pânico.
Após um período de estudos sobre o caso, os médicos a diagnosticaram com hematidrose, uma condição raríssima que faz o corpo transpirar sangue. Até hoje os médicos não sabem o que causa a condição. Pesquisadores italianos relataram no periódico Canadian Medical Association Journal que a análise da pele da paciente não continha nada anormal.
Ainda no artigo, os cientistas afirmam que há uma longa história de diagnósticos de suor no sangue. A menção de suor no sangue chega à época de Aristóteles, no século III, a.C. e durante a Idade Média. A condição carrega sentimentos religiosos, dada a sua associação com uma relíquia religiosa chamada Véu de Veronica, um pano impresso com o rosto de Jesus. Além disso, relatos dermatológicos de 2012 dizem que o transtorno "não foi confirmado cientificamente", embora os autores não neguem sua existência.
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Sobre a jovem italiana, os cientistas decidiram tratá-la com um bloqueador beta chamado propranolol, já que outros haviam tratado pacientes de forma semelhante no passado. A estratégia funcionou em partes, mas não impediu o sangramento completamente.