Redatora de saúde e bem-estar, autora de reportagens sobre alimentação, família e estilo de vida.
A morte de uma mulher ocorrida, nesta quarta-feira (29), após a aplicação de uma dose do antibiótico benzetacil vem sendo investigada pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal. O medicamento teria sido aplicado por uma técnica de enfermagem em uma casa alugada em São Sebastião. As informações são do site G1.
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No local ocorrem atendimentos da Estratégia de Saúde da Família (ESF). Segundo os funcionários o espaço não conta com estrutura suficiente para fazer reanimação.
De acordo com a publicação, a paciente sofria de febre reumática e, por causa da doença, havia manifestado problemas cardíacos. A febre reumática, também chamada de reumatismo infeccioso, é uma doença inflamatória que se desenvolve após uma infecção anterior provocada pela bactéria do estreptococo.
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O tratamento para esse tipo de condição de saúde é destruir qualquer vestígio restante de bactérias estreptococos no organismo. A penicilina benzatina tem esse objetivo.
Segundo a publicação, a paciente chegou a ser operada neste ano para a substituição de uma válvula e, durante o procedimento, teve uma parada cardíaca. A paciente já tinha feito uso da penicilina benzatina anteriormente, mas teve uma parada cardiorrespiratória.
Ainda não se sabe qual foi a causa da morte da paciente.
Em nota enviada à imprensa, o Sindicato dos Auxiliares Técnicos em Enfermagem disse que já previa que isso pudesse acontecer, pois os técnicos estariam ?sendo obrigados a aplicar esse medicamento nos pacientes sem a presença de médicos na equipe?.
O Sindate disse em nota que havia orientado os profissionais a se recusarem a aplicar a medicação, pois caso um paciente tivesse reação ao remédio e viesse a óbito, uma vida poderia ser perdida e os profissionais poderiam ter problemas, uma vez que a Estratégia Saúde da Família de São Sebastião não possui estrutura para atender emergências.
Em resposta, a Secretaria de Saúde disse que todas as equipes contam com médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e agentes comunitários. Disse também que a equipe médica tentou reanimar a paciente.
O órgão se posicionou dizendo que esse episódio trata-se de uma tentativa de desinformação movida por interesses corporativos contra a adoção de um modelo de atendimento na Atenção Primária.