Graduado em Medicina pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF//MG) em 2002. Residência Médica em Neurologia pela...
iTodos sabemos reconhecer, intuitivamente, que uma pessoa mais idosa, acima dos 65 anos, com uma queixa de memória progressiva e necessitando de ajuda para realizar suas tarefas (Por exemplo: pagar suas contas em dia) poderá ter doença de Alzheimer. O que é mais difícil reconhecer, entretanto, são as formas de início precoce desta doença. Afinal, o que é Alzheimer de Início Precoce?
Do ponto de vista técnico, a demência de Alzheimer precoce é aquela que se inicia antes dos 65 anos de idade. Na verdade, não há muitas diferenças entre esta forma de doença e a forma clássica, ou seja, os prejuízos cognitivos são principalmente relacionados à memória para fatos recentes e linguagem, além do desenvolvimento de sintomas psicóticos e/ou comportamentais.
Cabe observar, entretanto, que as formas precoces de Alzheimer são a exceção à regra. E mais raro ainda são os casos de início antes dos 50 anos. Estes, normalmente, são hereditários e de fato já existem genes conhecidos que levam a estas formas familiares de Alzheimer como mutações da Presenilina 1 ou 2.
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O tratamento do Alzheimer de início precoce é idêntico ao da forma clássica, ou seja, treinamento cognitivo, atividade física regular e medicações como inibidores da acetil-colinesterase são os pilares da terapia. O mais importante nestes casos, na verdade, é reconhecer a doença, mas principalmente tentar identificar diagnósticos diferenciais, que podem, em uma pessoa mais jovem, se confundir com Alzheimer.
Assim, no contexto de pessoas mais jovens com queixas cognitivas, uma avaliação muito criteriosa deverá ser realizada, buscando-se principalmente, afastar doenças que se confundam com Alzheimer nesta faixa etária.