Redatora de saúde e bem-estar, autora de reportagens sobre alimentação, família e estilo de vida.
Quando o assunto é depressão, o preconceito é algo muito grande e existem muitas dúvidas sobre os remédios para esta doença: será que eles fazem alguma diferença para a melhora do paciente?
Uma revisão de 522 estudos, publicada na revista científica The Lancet, coletou dados sobre 21 antidepressivos diferentes, verificando sua eficácia.
No total, as pesquisas juntas reuniram 116 mil pessoas com depressão, de ambos os sexos e que usaram a medicação por pelo menos oito semanas.
A conclusão é que todos eles, sem exceção, eram mais efetivos aos pacientes do que o não uso de medicação. Eles são capazes de reduzir os sintomas da depressão em pelo menos 50%.
Os antidepressivos mais eficazes
Os especialistas fizeram um ranking comparando os antidepressivos mais eficazes com relação a um placebo:
- Amitriptilina
- Mirtazapina
- Duloxetina
- Velafaxina
- Paroxetina
- Milnaciprano
- Fluvoxamina
- Escitalopram
- Nefazodona
- Sertralina
- Vortioxetina
- Agomelatina
- Vilazodona
- Levomilnacipran
- Bupropiona
- Fluoxetina
- Citalopram
- Trazodona
- Cloropramina
- Desvenlafaxina
- Reboxetina.
No entanto, nem todos estes remédios são bem aceitos pelos pacientes. Nos dados de aceitabilidade, o agomelatina, fluoxetina e escitalopram foram os com menor probabilidade de abandono de tratamento.
Eficácia dos medicamentos varia de paciente para paciente
É importante lembrar, antes de olhar esse tipo de ranking, que a eficácia de tratamentos psiquiátricos dependem de uma série de fatores. "O psiquiatra precisa considerar que em cada indivíduo haverá diferença na absorção e distribuição da droga no organismo, bem como na forma como será eliminada", explica o psiquiatra Lucas Gabriel.
Também em cada pessoa os mecanismos de ação da droga e a relação entre sua concentração e os efeitos alcançados serão únicos, como explica o especialista. Por isso, muitas vezes o tratamento para depressão e outras doenças psiquiátricas passa pela experimentação de diversos medicamentos para entender em qual o paciente melhor se adapta.
Saiba mais: Eficácia de remédios psiquiátricos varia de paciente para paciente