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Tornar-se mãe é uma experiência que envolve sentimentos mistos. Por um lado existe o encantamento de conviver e fazer parte da vida de uma pessoa que está descobrindo o mundo. Por outro lado, existem os percalços e dificuldades, noites mal dormidas, dúvidas, sobrecarga física e emocional, sentimento de comparação e outros sentimentos.
A seguir você encontra uma lista de filmes que contemplam a beleza e as imperfeições da maternidade, levando em conta as múltiplas facetas que esta vivência traz consigo:
1. O Quarto de Jack (2016)
O filme é a adaptação cinematográfica da obra "Room", escrita pela irlandesa Emma Donoghue. O enredo nos apresenta a história de "Ma", uma jovem adolescente que é sequestrada, e dá luz à um menino em cativeiro. Apesar das circunstâncias aterroradoras em que ambos se encontram, a conexão entre mãe e filho sobressai o ambiente hostil em que vivem, e reiteram o poder do amor maternal, e como ele traz o conforto nos momentos mais obscuros.
2. Juno (2007)
Vencedor do Oscar de Melhor Roteiro Original, o filme retrata os desafios da maternidade na adolescência. A história gira em torno de Juno, uma garota de 16 anos que acidentalmente engravidou. Inicialmente, ela decide abortar o bebê, mas acaba optando por planos alternativos. A obra traz reflexões acerca das adversidades de uma gravidez em idade prematura, e mostra como a idade e a maturidade influenciam diretamente no universo maternal. O humor e a carga dramática permanecem equilibradas durante o longa, ao mesmo tempo em que sentimos empatia por uma jovem, que assim como muitas outras, tem os rumos de sua vida abruptamente alterados ao engravidar repentinamente.
3. Dançando no Escuro (2000)
O filme é dirigido por Lars Von Trier, responsável por obras que despertam reflexões acerca de temas universais, e nesta obra, a maternidade é abordada de forma crua. Protagonizado por Bjork, a história nos apresenta à Selma, uma mãe que se muda para os Estados Unidos. Ela perdeu sua visão por conta de uma doença hereditária, e teme que o mesmo aconteça com seu filho, e busca tratamento médico em um novo país. Selma trabalha em uma fábrica arduamente para juntar dinheiro e pagar a cirurgia de seu filho, até que perde toda a quantia que acumulou para que isso fosse possível. A partir deste momento, a personagem é confrontada por tragédias, fazendo com que o espectador reflita sobre a força do laço maternal, e como ele move mulheres a enfrentarem as situações mais brutais que a vida oferece, para garantir o bem estar de quem amam.
4. Uma prova de amor (2009)
Estrelado por Cameron Diaz, o filme conta a história de Sara, uma mãe que recebe a notícia que sua filha, Kate, está com leucemia, e terá poucos anos de vida. Para salvar a vida de sua filha, Sara engravida novamente, e dá a luz à Anna, que ao longo de sua vida, precisa doar órgãos para sua irmã. Até o momento que Kate torna-se exausta de receber doações, e solicita uma emancipação médica, para que possa decidir o que fará com seu corpo. A partir deste momento, há um confronto do instinto maternal, que está disposto a fazer o que for preciso para salvar um filho, e a individualidade do ser humano, que tem o direito às próprias escolhas.
5. Olmo e a Gaivota (2015)
O longa metragem brasileiro aborda os elementos da gravidez, e como estes causam uma grande mudança física e emocional em uma mulher. A vida molda-se em torno deste evento, e para ilustrar este acontecimento, a diretora Petra Costa nos apresenta a história de Olivia, uma atriz que após engravidar e sofrer um acidente, precisa abandonar os palcos e reestruturar sua forma de existir.
6. A vida acontece (2013)
Desafios comuns à maternidade são expostos de maneira bem humorada na obra dirigida por Kat Coiro. Na história, Kim é uma jovem, que assim como muitas outras, divide um apartamento junto à suas amigas. Entretanto, ela engravida, e a calmaria de sua vida é cessada a partir do momento em que precisa refletir sobre como criar um bebê, como readaptar sua vida a uma nova realidade, e o que fazer para manter um relacionamento amoroso, que pelas circunstâncias, deixa de ser o foco na rotina da protagonista.
7. Para sempre Alice (2014)
Estrelado pela ganhadora do Oscar Julianne Moore, a obra traz uma tocante narrativa sobre Alice, uma mãe, que é dona de uma grande carreira como professora de linguística. Ela é diagnosticada com Alzheimer, e nesta época, Alice e sua filha (Kristen Stewart), possuem um relacionamento conflituoso. Porém, pouco a pouco, ambas se reaproximam, e o que antes era uma relação fragilizada por inúmeros desentendimentos, passa a se tornar um laço ressignificado, trazendo à tona a importância da tolerância e compaixão entre mães e filhos.
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