Vice-presidente da SBIm e ex-presidente da Sociedade (2011 a 2014), especializou-se em pediatria e neonatologia no Hospi...
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Uma das formas de o bebê desenvolver seu repertório imunológico é por meio das vacinas. A maioria das vacinas é aplicada enquanto bebê, do nascimento até os 15 meses de idade. Veja para que serve cada vacina do bebê:
Saiba mais: Calendário de vacinação 2019: veja todas as vacinas
Para que servem as vacinas?
As vacinas são substâncias feitas a partir de uma amostra enfraquecida ou totalmente inativa do agente causador da doença. A vacina da hepatite B, por exemplo, é inativada, e formada pela proteína de superfície do vírus da doença. Enquanto isso, a Vacina Oral da Poliomielite (VOP), chamada de "gotinha", contém o vírus vivo, mas enfraquecido a ponto de ele não ser capaz de causar a doença.
Quando um bebê nasce, ele é como uma folha em branco. Seus condicionamentos, personalidade e a pessoa que ele vai se tornar dependerão das experiências que vivenciar ao longo de sua vida. Da mesma forma, as defesas e anticorpos que o bebê irá criar também terão relação com as coisas que ele tiver contato.
A partir desse contato, as defesas do organismo trabalham para combater esses antígenos depositados, desenvolvendo assim anticorpos e memória imunológica. Dessa forma, caso o agente causador de infecções atacar o organismo, o sistema imunológico contará com anticorpos exclusivos para combatê-los.
Elas podem ser introduzidas por injeções, dentro do músculo ou abaixo de algumas camadas da pele, ou tomadas via oral. Cada vacina tem sua forma de aplicação.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunizações, o sistema imunológico consegue se lembrar dos agentes infecciosos já combatidos. Sendo assim, sempre que esses micro-organismos entram no corpo, as defesas são acionadas. É como se a vacina treinasse o nosso organismo, deixando nossas células preparadas para caso haja uma infecção real.
Calendário Vacinal do Bebê
O Calendário de Vacinação é composto por diferentes vacinas que devem ser aplicadas a partir do momento do nascimento até a terceira idade. Segundo o Manifesto pela Vacinação, divulgado pelo Ministério da Saúde em parceria com entidades médicas, as vacinas são a melhor ferramenta de promoção de saúde que existe. "Através das vacinas tivemos revolução importância no controle das doenças não só em saúde individual mas em saúde pública na era pré vacinal", ressalta Renato Kfouri, Diretor Clínico do Centro de Imunização Santa Joana.
Confira a seguir o calendário vacinal do bebê, do nascimento aos 15 meses:
Vacinas no nascimento
Vacina BCG (Bacilo Calmette-Guerin):
Qual a função: Proteger contra as principais formas de tuberculose.
Quando deve ser aplicada: De preferência ainda na maternidade. Ela é aplicada em uma dose, com injeção no braço direito
Efeitos colaterais: A aplicação da BCG quase sempre deixa uma cicatriz característica no local em que foi dada a injeção, normalmente no braço direito
Quem não pode tomar: Bebês que nasceram prematuros não podem tomar a vacina até que atinjam 2 kg. Também não é indicado que o bebê tome a vacina se a mãe usou medicamentos que afetaram sua imunidade e a do bebê durante a gestação.
Hepatite B
Qual a função: Prevenir a infecção no fígado (hepatite) causada pelo vírus da hepatite B. Essa vacina previne a hepatite crônica - forma que acomete 90% dos bebês ao nascer.
Quando deve ser aplicada: De preferência, nas primeiras 24 horas após o nascimento. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) recomendam o esquema de quatro doses: ao nascimento, 2, 4 e 6 meses de vida. No entanto, também é possível cumprir o calendário em três doses: ao nascimento, aos 2 e 6 meses de vida. Bebês que nasceram prematuros necessitam, obrigatoriamente, de quatro doses.
Efeitos colaterais: Dor no local da injeção e febre baixa são os eventos adversos mais frequentemente observados em crianças e adultos. Mal estar, cefaleia e fadiga podem ocorrer.
Quem não pode tomar: A vacina não deve ser aplicada em pessoas que apresentaram anafilaxia com qualquer componente da vacina ou com dose anterior, bem como nas que desenvolveram púrpura trombocitopênica após dose anterior de vacina com componente hepatite B.
Onde encontrar: Pode ser aplicada na rede pública e privada
Vacinas aos dois meses
Rotavírus:
Qual a função: Prevenir a doença diarreica causada pelo rotavírus. Existem dois tipos de vacina: a monovalente e a pentavalente. A diferença entre elas é a quantidade de tipos do vírus com que a vacina é feita (um e cinco, respectivamente).
- Monovalente (VRH1) é composta por um tipo de rotavírus vivo "enfraquecido", além de sacarose, adipatodissódico, meio Eagle modificado Dulbecco (DMEM) e água estéril. Embora seja monovalente, a vacina oferece proteção cruzada contra outros sorotipos de rotavírus. A monovalente é oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
- Pentavalente (VR5) é composta por cinco tipos de rotavírus vivos "enfraquecidos", sacarose, citrato de sódio, fosfato de sódio monobásico monoidratado, hidróxido de sódio, polissorbato 80, meios de cultura e traços de soro fetal bovino.
Quando deve ser aplicada: De preferência quando o bebê tem entre 6 semanas e 8 meses de vida. Existem dois esquemas de doses da vacina, a monovalente e a pentavalente:
- Monovalente - Indicada para crianças a partir 6 semanas e deve ser administrada em duas doses: uma aos 2 meses e outra aos 4 meses
- Pentavalente - Indicada também para crianças a partir de 6 semanas e deve ser administrada em 3 doses, com um intervalo mínimo de quatro semanas: dois meses, quatro meses e seis meses.
Efeitos colaterais:
- Monovalente - No Brasil, verificou-se um pequeno aumento no risco de invaginação intestinal na primeira semana após a segunda dose da vacina. A invaginação intestinal consiste na penetração do intestino delgado no em uma parte do intestino grosso, o que pode levar a uma obstrução intestinal. No entanto, entre 2006 e 2012, 6,1 milhões de doses foram aplicadas e apenas oito registros de casos de invaginação intestinal. A ocorrência é muito menor que o risco de hospitalização ou óbito decorrente de gastrenterite causada por rotavírus.
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Pentavalente -Menos de 10% dos vacinados apresentam sintomas de gastroenterite e também foram registrados poucos casos de invaginação intestinal.
Contraindicação: Crianças fora da faixa etária citada acima; com deficiências imunológicas por doença ou uso de medicamentos que causam imunossupressão (como corticosteroides); com alergia grave (urticária disseminada, dificuldade respiratória e choque anafilático) provocada por algum dos componentes da vacina ou por dose anterior da mesma; e com doença do aparelho gastrintestinal ou história prévia de invaginação intestinal.
Onde encontrar:
- Monovalente - Oferecida de rotina pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), nas Unidades Básicas de Saúde, para crianças de 2 a 8 meses de vida. Também pode ser encontrada nas clínicas privadas de vacinação.
- Pentavalente - Apenas em clínicas privadas de vacinação
VIP (Vacina Inativada Poliomielite)
Qual a função: Essa vacina previne contra Poliomielite (paralisia infantil). É feita com o vírus inativado. É uma vacina trivalente e injetável, composta por partículas dos vírus da pólio tipos 1, 2 e 3.
Quando deve ser aplicada: De preferência a partir dos dois meses de idade, em três doses, obedecendo um intervalo de 60 dias entre as vacinações. Sendo assim, as doses são dadas aos 2, 4 e 6 meses do bebê. Um primeiro reforço deve ser aplicado entre os 15 e os 18 meses e depois aos quatro anos de idade. Além disso, ela pode ser tomada anualmente nas campanhas de vacinação até os quatro anos de idade. As duas primeiras doses da vacina são injetáveis, a terceira passa a ser oral.
Efeitos colaterais: Respeitadas as contraindicações, a vacina oral contra poliomielite tem segurança bem estabelecida. No entanto, em alguns casos podem ocorrer eritema discreto no local da aplicação, endurecimento, dor geralmente leve e febre.
Contraindicação: Bebês que manifestaram reação alérgica grave (anafilaxia) à alguma dose da vacina. Em crianças com febre moderada a alta (acima de 38ºC), a vacinação deve ser adiada até que o quadro clínico melhore.
Onde pode ser encontrada: A apresentação isolada está disponível nas Unidades Básicas de Saúde apenas para as três primeiras doses do esquema infantil de rotina. As demais doses, a partir dos 15 meses, para a prevenção da poliomielite são feitas com uma vacina chamada vacina VOP, a "gotinha".
Pentavalente (Vacina adsorvida difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e Haemophilus influenzae B)
Qual a função: Proteger contra a Difteria, Tétano, Coqueluche, Meningite, Hepatite B e outras doenças causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b.
Quando deve ser aplicada: De preferência a partir dos dois meses com três doses, em um intervalo de 60 dias (mínimo trinta dias), aos 2, 4 e 6 meses. Após esse período são necessários dois reforços com a vacina DTP: um aos 15 meses de idade e o segundo aos 4 anos.
Efeitos colaterais: Possível vermelhidão no local da vacina, febre, choro e irritabilidade.
Contraindicação: Bebês que tenham manifestado febre após a aplicação de dose anterior dentro de 48 horas após a vacinação ou convulsões. Maiores de 7 anos também não podem tomar.
Onde pode ser encontrada: Oferecida de rotina pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), nas Unidades Básicas de Saúde e em clínicas particulares.
Pneumocócica conjugada
Qual a função: A vacina ajuda a proteger as crianças das doenças causadas pela bactéria Streptococcus pneumoniae. Entre elas estão: meningite, pneumonia, otite média aguda, sinusite e bacteremia. Porém, existem variações em que mudam as quantidades de sorotipos como a 7-valente e a 13-valente.
Quando deve ser aplicada: De preferência aos 2 meses, 4 meses e um reforço aos 12 meses. Para crianças mais velhas que nunca tenham tomado essa vacina, indica-se tomar duas doses com intervalo de ao menos um mês entre elas. Após os 12 meses de idade, se a criança nunca tomou, é dada uma dose única da vacina.
Efeitos colaterais: Vermelhidão no local da injeção e irritabilidade. Outras reações verificadas pelo Ministério da Saúde foram sonolência, irritabilidade e perda de apetite.
Contraindicação: Essa vacina não deve ser aplicada em indivíduos com hipersensibilidade conhecida a qualquer componente da vacina. Onde pode ser encontrada: Essa vacina está disponível apenas no sistema público de saúde.
Vacinas aos três meses
Meningocócica C
Qual a função: Prevenir as doenças provocadas pela bactéria Neisseria meningitidis do sorogrupo C, esta bactéria pode ser a causa de infecções graves, às vezes, até fatais, como a meningite e a sepse.
Quando deve ser aplicada: De preferência, a primeira dose aos 3 meses de vida e a segunda aos 5 meses, ou com intervalo mínimo de 30 dias e depois com um reforço de preferência aos 12 meses, mas com prazo de até quatro anos de idade para ser dado.
Efeitos colaterais: Vermelhidão, edema, inchaço, endurecimento e dor na região em que a vacina foi aplicada. Febre, irritabilidade, choro intenso e dores musculares também podem ocorrer.
Contraindicação: Caso o bebê esteja com febre, o ideal é esperar para vaciná-lo até que passe. Se houver hipersensibilidade a algum componente da vacina é recomendado evitá-la também.
Vacinas aos quatro meses
Rotavírus - 2ª dose:
Qual a função: Prevenir a doença diarreica causada pelo rotavírus. Existem dois tipos de vacina: a monovalente e a pentavalente. A diferença entre elas é a quantidade de tipos do vírus com que a vacina é feita (um e cinco, respectivamente).
- Monovalente (VRH1) é composta por um tipo de rotavírus vivo "enfraquecido", além de sacarose, adipatodissódico, meio Eagle modificado Dulbecco (DMEM) e água estéril. Embora seja monovalente, a vacina oferece proteção cruzada contra outros sorotipos de rotavírus. A monovalente é oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
- Pentavalente (VR5) é composta por cinco tipos de rotavírus vivos "enfraquecidos", sacarose, citrato de sódio, fosfato de sódio monobásico monoidratado, hidróxido de sódio, polissorbato 80, meios de cultura e traços de soro fetal bovino.
Quando deve ser aplicada: De preferência quando o bebê tem entre 6 semanas e 8 meses de vida. Existem dois esquemas de doses da vacina, a monovalente e a pentavalente:
- Monovalente - Indicada para crianças a partir 6 semanas e deve ser administrada em duas doses: uma aos 2 meses e outra aos 4 meses.
- Pentavalente - Indicada também para crianças a partir de 6 semanas e deve ser administrada em 3 doses, com um intervalo mínimo de quatro semanas: dois meses, quatro meses e seis meses.
Efeitos colaterais:
- Monovalente - No Brasil, verificou-se um pequeno aumento no risco de invaginação intestinal na primeira semana após a segunda dose da vacina. A invaginação intestinal consiste na penetração do intestino delgado no em uma parte do intestino grosso, o que pode levar a uma obstrução intestinal. No entanto, entre 2006 e 2012, 6,1 milhões de doses foram aplicadas e apenas oito registros de casos de invaginação intestinal. A ocorrência é muito menor que o risco de hospitalização ou óbito decorrente de gastrenterite causada por rotavírus.
- Pentavalente - Menos de 10% dos vacinados apresentam sintomas de gastroenterite e também foram registrados poucos casos de invaginação intestinal.
Contraindicação: Crianças fora da faixa etária citada acima; com deficiências imunológicas por doença ou uso de medicamentos que causam imunossupressão (como corticosteroides); com alergia grave (urticária disseminada, dificuldade respiratória e choque anafilático) provocada por algum dos componentes da vacina ou por dose anterior da mesma; e com doença do aparelho gastrintestinal ou história prévia de invaginação intestinal.
Onde encontrar:
- Monovalente - Oferecida de rotina pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), nas Unidades Básicas de Saúde, para crianças de 2 a 8 meses de vida. Também pode ser encontrada nas clínicas privadas de vacinação.
- Pentavalente - Apenas em clínicas privadas de vacinação
VIP (Vacina Inativada Poliomielite) - 2ª dose
Qual a função: Essa vacina previne contra Poliomielite (paralisia infantil). É feita com o vírus inativado. É uma vacina trivalente e injetável, composta por partículas dos vírus da pólio tipos 1, 2 e 3.
Quando deve ser aplicada: De preferência a partir dos dois meses de idade, em três doses, obedecendo um intervalo de 60 dias entre as vacinações. Sendo assim, as doses são dadas aos 2, 4 e 6 meses do bebê. Um primeiro reforço deve ser aplicado entre os 15 e os 18 meses e depois aos quatro anos de idade. Além disso, ela pode ser tomada anualmente nas campanhas de vacinação até os quatro anos de idade. As duas primeiras doses da vacina são injetáveis, a terceira passa a ser oral.
Efeitos colaterais: Respeitadas as contraindicações, a vacina oral contra poliomielite tem segurança bem estabelecida. No entanto, em alguns casos podem ocorrer eritema discreto no local da aplicação, endurecimento, dor geralmente leve e febre.
Contraindicação: Bebês que manifestaram reação alérgica grave (anafilaxia) à alguma dose da vacina. Em crianças com febre moderada a alta (acima de 38ºC), a vacinação deve ser adiada até que o quadro clínico melhore.
Onde pode ser encontrada: A apresentação isolada está disponível nas Unidades Básicas de Saúde apenas para as três primeiras doses do esquema infantil de rotina. As demais doses, a partir dos 15 meses, para a prevenção da poliomielite são feitas com uma vacina chamada vacina VOP, a "gotinha".
Pentavalente (Vacina adsorvida difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e Haemophilus influenzae B) - 2ª dose
Qual a função: Proteger contra a Difteria, Tétano, Coqueluche, Meningite, Hepatite B e outras doenças causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b.
Quando deve ser aplicada: De preferência a partir dos dois meses com três doses, em um intervalo de 60 dias (mínimo trinta dias), aos 2, 4 e 6 meses. Após esse período são necessários dois reforços com a vacina DTP: um aos 15 meses de idade e o segundo aos 4 anos.
Efeitos colaterais: Possível vermelhidão no local da vacina, febre, choro e irritabilidade.
Contraindicação: Bebês que tenham manifestado febre após a aplicação de dose anterior dentro de 48 horas após a vacinação ou convulsões. Maiores de 7 anos também não podem tomar.
Onde pode ser encontrada: Oferecida de rotina pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), nas Unidades Básicas de Saúde e em clínicas particulares
Pneumocócica conjugada - 2ª dose:
Qual a função: A vacina ajuda a proteger as crianças das doenças causadas pela bactéria Streptococcus pneumoniae. Entre elas estão: meningite, pneumonia, otite média aguda, sinusite e bacteremia. Porém, existem variações em que mudam as quantidades de sorotipos como a 7-valente e a 13-valente.
Quando deve ser aplicada: De preferência aos 2 meses, 4 meses e um reforço aos 12 meses. Para crianças mais velhas que nunca tenham tomado essa vacina, indica-se tomar duas doses com intervalo de ao menos um mês entre elas. Após os 12 meses de idade, se a criança nunca tomou, é dada uma dose única da vacina.
Efeitos colaterais: Vermelhidão no local da injeção e irritabilidade. Outras reações verificadas pelo Ministério da Saúde foram sonolência, irritabilidade e perda de apetite.
Contraindicação: Essa vacina não deve ser aplicada em indivíduos com hipersensibilidade conhecida a qualquer componente da vacina. Onde pode ser encontrada: Essa vacina está disponível apenas no sistema público de saúde.
Vacinas aos cinco meses
Meningocócica C - 2ª dose
Qual a função: Prevenir as doenças provocadas pela bactéria Neisseria meningitidis do sorogrupo C, esta bactéria pode ser a causa de infecções graves, às vezes, até fatais, como a meningite e a sepse.
Quando deve ser aplicada: De preferência, a primeira dose aos 3 meses de vida e a segunda aos 5 meses, ou com intervalo mínimo de 30 dias e depois com um reforço de preferência aos 12 meses, mas com prazo de até quatro anos de idade para ser dado.
Efeitos colaterais: Vermelhidão, edema, inchaço, endurecimento e dor na região em que a vacina foi aplicada. Febre, irritabilidade, choro intenso e dores musculares também podem ocorrer.
Contraindicação: Caso o bebê esteja com febre, o ideal é esperar para vaciná-lo até que passe. Se houver hipersensibilidade a algum componente da vacina é recomendado evitá-la também.
Vacinas aos seis meses
VIP (Vacina Inativada Poliomielite) - 3ª dose
Qual a função: Essa vacina previne contra Poliomielite (paralisia infantil). É feita com o vírus inativado. É uma vacina trivalente e injetável, composta por partículas dos vírus da pólio tipos 1, 2 e 3.
Quando deve ser aplicada: De preferência a partir dos dois meses de idade, em três doses, obedecendo um intervalo de 60 dias entre as vacinações. Sendo assim, as doses são dadas aos 2, 4 e 6 meses do bebê. Um primeiro reforço deve ser aplicado entre os 15 e os 18 meses e depois aos quatro anos de idade. Além disso, ela pode ser tomada anualmente nas campanhas de vacinação até os quatro anos de idade. As duas primeiras doses da vacina são injetáveis, a terceira passa a ser oral.
Efeitos colaterais: Respeitadas as contraindicações, a vacina oral contra poliomielite tem segurança bem estabelecida. No entanto, em alguns casos podem ocorrer eritema discreto no local da aplicação, endurecimento, dor geralmente leve e febre.
Contraindicação: Bebês que manifestaram reação alérgica grave (anafilaxia) à alguma dose da vacina. Em crianças com febre moderada a alta (acima de 38ºC), a vacinação deve ser adiada até que o quadro clínico melhore.
Onde pode ser encontrada: A apresentação isolada está disponível nas Unidades Básicas de Saúde apenas para as três primeiras doses do esquema infantil de rotina. As demais doses, a partir dos 15 meses, para a prevenção da poliomielite são feitas com uma vacina chamada vacina VOP, a "gotinha".
Pentavalente (Vacina adsorvida difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e Haemophilus influenzae B) - 3ª dose
Qual a função: Proteger contra a Difteria, Tétano, Coqueluche, Meningite, Hepatite B e outras doenças causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b.
Quando deve ser aplicada: De preferência a partir dos dois meses com três doses, em um intervalo de 60 dias (mínimo trinta dias), aos 2, 4 e 6 meses. Após esse período são necessários dois reforços com a vacina DTP: um aos 15 meses de idade e o segundo aos 4 anos.
Efeitos colaterais: Possível vermelhidão no local da vacina, febre, choro e irritabilidade
Contraindicação: Bebês que tenham manifestado febre após a aplicação de dose anterior dentro de 48 horas após a vacinação ou convulsões. Maiores de 7 anos também não podem tomar.
Onde pode ser encontrada: Oferecida de rotina pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), nas Unidades Básicas de Saúde e em clínicas particulares
Vacinas aos nove meses
Febre Amarela
Qual a função: Proteger contra a infecção pela Febre Amarela.
Quando deve ser aplicada: A vacina pode ser tomada a partir dos 9 meses de idade. O. Não há consenso sobre a duração da proteção conferida pela vacina. Apesar de o Calendário Nacional constar dose única, de acordo com o risco epidemiológico, uma segunda dose pode ser considerada, em especial para aqueles vacinados antes dos 2 anos de vida pela maior possibilidade de falha vacinal primária.A princípio, a vacina era indicada apenas para moradores e viajantes de áreas de risco para a doença. Após um surto da doença, em março de 2018, o Ministério da Saúde anunciou que ampliaria a oferta para todo o país até abril de 2019. Atualmente, a vacina faz parte do Calendário Nacional de Vacinação.
Efeitos colaterais: Dor no local da vacina, febre, dor de cabeça e muscular acontecem com alguma frequência. São raros, mas foram registrados casos de reações alérgicas, doença neurológica (encefalite, meningite, doenças autoimunes com envolvimento do sistema nervoso central e periférico) e doença em órgãos (infecção pelo vírus vacinal causando danos semelhantes aos da doença).
Contraindicação: Nos bebês, a vacina é contraindicada para aqueles menores de 6 meses de idade, para o imunodeprimido grave e para quem tem doenças autoimunes.
Vacinas de 1 ano
Meningocócica C - Reforço
Qual a função: Prevenir as doenças provocadas pela bactéria Neisseria meningitidis do sorogrupo C, esta bactéria pode ser a causa de infecções graves, às vezes, até fatais, como a meningite e a sepse.
Quando deve ser aplicada: De preferência, a primeira dose aos 3 meses de vida e a segunda aos 5 meses, ou com intervalo mínimo de 30 dias e depois com um reforço de preferência aos 12 meses, mas com prazo de até quatro anos de idade para ser dado.
Efeitos colaterais: Vermelhidão, edema, inchaço, endurecimento e dor na região em que a vacina foi aplicada. Febre, irritabilidade, choro intenso e dores musculares também podem ocorrer.
Contraindicação: Caso o bebê esteja com febre, o ideal é esperar para vaciná-lo até que passe. Se houver hipersensibilidade a algum componente da vacina é recomendado evitá-la também.
Pneumocócica conjugada - Reforço
Qual a função: A vacina ajuda a proteger as crianças das doenças causadas pela bactéria Streptococcus pneumoniae. Entre elas estão: meningite, pneumonia, otite média aguda, sinusite e bacteremia. Porém, existem variações em que mudam as quantidades de sorotipos como a 7-valente e a 13-valente.
Quando deve ser aplicada: De preferência aos 2 meses, 4 meses e um reforço aos 12 meses. Para crianças mais velhas que nunca tenham tomado essa vacina, indica-se tomar duas doses com intervalo de ao menos um mês entre elas. Após os 12 meses de idade, se a criança nunca tomou, é dada uma dose única da vacina.
Efeitos colaterais: Vermelhidão no local da injeção e irritabilidade. Outras reações verificadas pelo Ministério da Saúde foram sonolência, irritabilidade e perda de apetite.
Contraindicação: Essa vacina não deve ser aplicada em indivíduos com hipersensibilidade conhecida a qualquer componente da vacina. Onde pode ser encontrada: Essa vacina está disponível apenas no sistema público de saúde.
Tríplice Viral
Qual a função: Proteger contra sarampo, rubéola e caxumba.
Quando deve ser aplicada: A vacina deve ser aplicada no bebê de 1 ano e reforçada com a Tetraviral (sarampo, rubéola e caxumba + varicela/catapora) aos 15 meses.
Efeitos colaterais: Podem acontecer ardência, vermelhidão, dor e formação de nódulo nos primeiros dias da aplicação. Entre 5 a 12 dias após a aplicação, pode surgir febre alta, dor de cabeça, irritabilidade, lacrimejamento e vermelhidão dos olhos e coriza. Outras crianças podem ter manchas vermelhas no corpo sete a 14 dias após a vacinação, com permanência em torno de dois dias. Inflamação das meninges (meningite), em geral benigna, pode ocorrer entre o 11º e o 32º dia após a vacinação
Contraindicação: Nos bebês, as contraindicações são algum registro de reação alérgica grave após alguma dose anterior ou ter alguma imunodeficiência grave. Onde pode ser encontrada: Essa vacina está disponível no sistema público de saúde.
Vacinas aos 15 meses
DTP (Difteria, tétano e coqueluche) - 1º reforço
Qual a função: Imunizar contra difteria, tétano e coqueluche. É um reforço referente a estas três doenças que já estavam contempladas nas doses da vacina Pentavalente.
Quando deve ser aplicada: Aos 15 meses de idade e aos 4 anos.
Efeitos colaterais: Podem acontecer reações como irritabilidade, sonolência, reações no local da aplicação (dor, vermelhidão e inchaço), fadiga, falta de apetite, dor de cabeça, diarreia, vômito e febre
Contraindicação: Pessoas a partir de 7 anos de idade não podem tomar a vacina. Além disso, quem apresentou reações graves às doses anteriores, como convulsões ou encefalopatia, também não devem receber a vacina.
Vacina Oral Poliomielite (VOP) - 1º reforço
Qual a função: Prevenir a poliomielite ou paralisia infantil.
Quando deve ser aplicada: Uma dose da "gotinha" deve ser aplicada aos 15 meses, outra aos 4 anos e anualmente nas campanhas nacionais para crianças menores de 5 anos.
Efeitos colaterais: Por conter vírus vivos, ainda que "enfraquecidos", a VOP pode causar alguns eventos indesejáveis, como alergia aos componentes. São muito raras as reações, mas podem incluir Poliomielite associada à vacina (VAPP), que ocorre quando o vírus da vacina consegue causar poliomielite na pessoa vacinada ou em quem convive com ela, e Poliomielite por vírus derivado da vacina (VDPV), que ocorre quando há uma instabilidade genética do vírus da vacina ou pela combinação do material genético do vírus vacinal com outros vírus que vivem no intestino, propiciando o surgimento de vírus mutantes capazes de causar poliomielite e de serem transmitidos para outras pessoas. Foi registrado um caso de VAPP a cada 3,2 milhões de vacinas e, até 2013, nunca houve nenhum caso de VDPV no Brasil.
Contraindicação: Crianças que estão com febre devem esperar que o quadro melhore para tomar a vacina. A vacina também é contraindicada para gestantes e todos os que convivem com esses grupos; pessoas que sofreram anafilaxia após o uso de componentes da fórmula da vacina (em especial os antibióticos neomicina, polimixina e estreptomicina); pessoas que desenvolveram a pólio vacinal após dose anterior.
Hepatite A - dose única
Qual a função: Previne Hepatite A.
Quando deve ser aplicada: O Ministério da Saúde inclui uma dose única no Calendário Nacional de Vacinação aos 15 meses. No entanto, as sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam a aplicação rotineira aos 12 e 18 meses de idade.
Efeitos colaterais: Podem ocorrer algumas reações como irritabilidade, dor de cabeça, cansaço, dor e vermelhidão no local da aplicação, perda de apetite, sonolência, diarreia, náusea, vômito, inchaço, mal-estar, febre baixa, endurecimento no local da aplicação, rinite, vertigem, erupções na pele, dor muscular, rigidez muscular, diminuição da sensibilidade, dormências, coceira, calafrios.
Contraindicação: Crianças que já apresentaram reação anafilática a algum componente da vacina ou a dose anterior não devem tomá-la.
Onde pode ser encontrada: Essa vacina está disponível no sistema público de saúde.
Tetra viral ou tríplice viral + varicela - Uma dose
Qual a função: Prevenir o sarampo, rubéola, caxumba e varicela/catapora.
Quando deve ser aplicada: A vacina deve ser aplicada aos 15 meses, constituindo um reforço da tríplice viral (dada aos 12 meses) e dose única da vacina contra varicela/catapora.
Efeitos colaterais: As crianças que tomam a vacina tetra viral podem ter febre, erupções na pele, ardência, vermelhidão, dor e formação de nódulo, dor de cabeça, irritabilidade, febre baixa, lacrimejamento e vermelhidão dos olhos e coriza. Inflamação das meninges (meningite), em geral benigna, pode ocorrer entre o 11º e o 32º dia após a vacinação. Inflamação do cérebro (encefalite) pode surgir entre 15 a 30 dias após vacinação em um a cada 1 milhão a 2,5 milhões de vacinados com a primeira dose. Manifestações hemorrágicas (púrpura trombocitopênica) acontece em um caso para 30 mil a 40 mil vacinados, com evolução benigna entre 12 a 25 dias após a vacinação.
Contraindicação: Nas crianças, as contraindicações são algum registro de reação alérgica grave após alguma dose anterior ou ter alguma imunodeficiência grave.
Onde pode ser encontrada: Essa vacina está disponível no sistema público de saúde.
Vacina anual da gripe
Qual a função: Prevenir infecção pelo vírus Influenza (que causa a gripe).
Quando deve ser aplicada: A partir dos seis meses e até os cinco anos, as crianças podem ser vacinadas anualmente nas campanhas do Ministério da Saúde. Para menores de três anos a dose é de 0,25 mL e para os maiores é de 0,5 mL.
Efeitos colaterais: Quem recebe a vacina pode apresentar manifestações locais como dor, vermelhidão, endurecimento, febre, mal-estar e dor muscular.
Contraindicação: Não podem tomar a vacina as crianças com alergia grave (anafilaxia), a algum componente da vacina ou a dose anterior.
Onde vacinar meu bebê
As vacinas do Calendário Nacional de Vacinação estão disponíveis nos postos de saúde espalhados pelo país. Há mais de 36 mil salas de vacinação localizadas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Brasil. Para isso, basta comparecer a um posto de saúde com o cartão de vacinação de seu filho em mãos.
Fontes:
- Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação (Ministério da Saúde)
- Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm)
- Calendário Nacional de Vacinação (Ministério da Saúde)
- Renato Kfouri, Diretor Clínico do Centro de Imunização Santa Joana.