Com experiência na cobertura de saúde, especializou-se no segmento de família, com foco em gravidez e maternidade.
Manter o organismo hidratado é fundamental para que nosso corpo permaneça saudável e a melhor forma de manter tudo funcionando é beber água ao longo do dia. No entanto, uma dúvida muito comum entre as mães diz respeito ao momento de oferecer água e suco aos bebês. Isso porque existem alguns critérios que precisam ser levados em consideração. Conversamos com especialistas para entender como introduzir estes líquidos para os bebês.
Bebês que são amamentados exclusivamente obtém sua fonte de hidratação a partir do leite materno, que é 90% composto por água. Sendo assim, não há necessidade de nenhum complemento até os seis meses quando a introdução alimentar pode começar. A partir desse momento, água pode ser oferecida em livre demanda, mas em copinho, para que não haja desmame por confusão de bicos.
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Em dias muito quentes, para evitar que a desidratação ocorra, o seio materno deve ser oferecido mais vezes. "Em casos de vômitos, diarréia ou que o bebê tenha dificuldade para mamar, deve-se observar sinais de desidratação, como: boca seca, olhos fundos, moleira funda, irritabilidade excessiva do bebê, urina escura e reduzida", alerta Deborah Tockus, Pediatra da Plunes Centro Médico.
Bebês que são alimentados com fórmula devem ingerir água desde sempre. Mauro Fisberg, pediatra do Centro de Dificuldades Alimentares do Instituto Pensi, explica que os pais podem ir ofertando o líquido no intervalo das mamadas, sem forçar. Caso os bebês não aceitem, os pais podem oferecer alternativas aos copinhos, como colheres e conta-gotas.
"Uma maneira prática de oferecer água é calcular 10% do volume de cada mamada para oferecer de água. Por exemplo, se um bebê mama volumes de 100 mL de fórmula, ele deve ingerir 10 mL de água por mamada", recomenda Deborah.
Quando começar a dar suco para o bebê
Já os sucos naturais (sem açúcar) podem ser dados a partir dos 12 meses e não devem ultrapassar 100 mL ao dia, de acordo com a Academia Americana de Pediatria. "Não queremos que algum tipo de alimento seja substituído pelo suco", ressalta Mauro. De acordo com ele, as frutas in natura devem ser priorizadas, já que, além do conteúdo da fruta, também têm fibras.
Os sucos artificiais com adição de açúcar devem ser evitados. "São alimentos que contém alto teor glicêmico, com açúcar da fruta e açúcar adicionado. Possuem conservantes, corantes, emulsificantes e sódio (sal) na composição", alerta Deborah.
Para quem precisa de opções mais práticas do que o suco natural, Mauro explica que é preciso sempre estar atento ao rótulo e às informações nutricionais, evitando oferecer alimentos com alto teor de açúcar e conservantes aos pequenos. "Existem diferentes tipos de sucos artificiais, desde o suco em pó até o pasteurizado", afirma ele. Deborah recomenda usar suco natural integral diluído em uma parte de água como alternativa.