Formado em Educação Física pela UnB em 1999. Pós-graduado em Fisiologia do exercício pela UnB em 2000. Pós-graduado em T...
iOs esportes praticados em areia são uma excelente opção de se exercitar ao ar livre. Apesar das modalidades mais tradicionais serem o frescobol e o vôlei, outras opções estão ganhando atenção dos esportistas no Brasil - como é o caso do beach rugby.
Como funciona o beach rugby
Quantidade de jogadores e duração:
Cada time deve conter cinco jogadores. São jogados dois tempos de cinco minutos cada, com dois minutos de intervalo entre eles (acredite: é o tempo suficiente para se treinar na areia). Diferentemente do rugby tradicional, em que são disputados dois tempos de 40 minutos cada na modalidade com 15 jogadores em cada equipe.
Substituições:
No beach rugby as substituições são livres - podem ocorrer quantas vezes o time necessitar e quando quiser. Já no rugby clássico, apenas cinco substituições são permitidas durante o jogo e devem ser comunicadas previamente ao árbitro. Ainda, o jogador substituído não tem permissão para retornar na mesma partida - a menos que seja para entrar no lugar, temporariamente, de um outro jogador com lesão sangrante.
Chutes:
Se no rugby tradicional é permitido o chute - em saídas de jogo isso é comum -, no rugby na areia os chutes não têm vez. Não se pode chutar a bola.
Nada de scrum ou line:
O scrum é uma ação feita após jogada irregular ou penalização. Oito jogadores dos dois times ficam em formação, uns contra os outros, como uma espécie de recomeço do jogo.
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Já o line (ou alinhamento lateral) é a reposição da bola em campo quando ela sai pela linha lateral do campo. Os jogadores de ambas equipes formam, então, duas fileiras perpendiculares à linha lateral e espaçados cerca de um metro. A bola tem de ser lançada entre as fileiras, ocorrendo a disputa pela bola entre os times.
Portanto, no beach rugby apenas são permitidos free kick - e com as mãos. No rugby tradicional, o free kick é um pontapé-livre, feito por uma equipe contra a adversária. Normalmente o free kick é concedido por penalidades técnicas, como muitos jogadores na mesma linha ou demora para realização do scrum.
Pontuação:
Conta-se ponto cada vez que um jogador faz um try (o "gol" do rugby) no beach rugby. É marcado quando o jogador encosta a bola no chão da área do "gol" adversário. Se por acaso a bola cair ou não for encostada, os pontos são inválidos e, portanto, não contabilizados.
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Benefícios do rugby na areia
O beach rugby traz uma maior facilidade quando comparado ao rugby tradicional, já que pode ser praticado em espaços reduzidos. Também, os custos são menores, uma vez que se utilizam menos equipamentos - chuteiras, protetores etc. não são necessários.
Além disso, estudos indicam que o rugby melhora a capacidade física, principalmente em relação à maior eficiência cardiorrespiratória e aumento da força e resistência muscular. Vale lembrar também que é um esporte que promove a disciplina, coordenação, raciocínio estratégico e lógico, além da interação social.
Cuidados necessários
Mas não se engane. Dois tempos de 5 minutos são extremamente desgastantes. Isto porque a areia reduz a velocidade e aumenta a exigência física. Afinal, por termos menos velocidade na areia, os choques passam a ser mais constantes. E as fintas e dribles são afetados pela perda de mobilidade, uma vez que os pés afundam na areia.
Fundamental ressaltar que ter um condicionamento físico adequado e saber que é sim necessário descansar entre as partidas é essencial. Você sabia, por exemplo, que um mesmo jogador pode jogar até seis partidas no mesmo dia em um torneio de beach rugby? Portanto, os descansos são essenciais; e manter-se hidratado também é fundamental para um bom desempenho.
Um bom aquecimento, orientado e variando alongamentos e trabalhos de deslocamento, podem reduzir o risco de lesões, já que a instabilidade é um fator presente neste tipo de campo (areia).
Bons jogos e até qualquer dia em algum campo!
Referências:
CAMPOS, L.; FLORES, L. [et al]. Efeitos do treinamento em rugby em cadeira de rodas em atletas de elite com lesão da medula espinhal. Arq. Ciênc. Saúde UNIPAR, Umuarama, v. 17, n. 1, p. 9-13, jan./abr. 2013.
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