Redatora entusiasta de beleza e nutrição, autora de reportagens sobre alimentação, receitas saudáveis e cuidados pessoais.
iAinda no útero, um bebê pode chegar a cinco quilos e passar de 50 centímetros. Durante o parto, ele atravessa o colo do útero e o canal vaginal para chegar ao mundo. Para essa passagem acontecer, o pequeno precisa se adaptar. Um estudo fez imagens incríveis desse processos que mostra como o cérebro e o crânio se adaptam para o nascimento.
Acima, são as imagens de antes do trabalho de parte e, abaixo, do período expulsivo. Na visão de frente (A, B) observou-se que a fontanela bregmática (essa "fenda" entre os ossos, conhecida como moleira) diminuiu de tamanho durante o parto. Na visão lateral (C, D), os ossos do crânio foram alterados em orientação e sobreposição. Na visão superior (E, F), as "moleiras" diminuíram de tamanho durante o parto.
Em todos os pesquisados, observou-se que o cérebro também mudou de forma no segundo estágio do trabalho de parto. Essa mudança na forma do cérebro espelhou o deslocamento dos ossos do crânio que foram observados.
As imagens foram feitas por ressonância magnética antes e depois do parto. O estudo comprovou que essas mudanças na cabeça do bebê acontecem durante a segunda parte do trabalho de parto: a expulsão.
Com ela, foi possível enxergar os ossos da cabeça se sobrepondo durante a expulsão do feto. Isso é responsável pelo formato de "pão de açúcar" que a cabeça dos pequenos ficam. No entanto, após nascerem, a cabeça da maioria deles não ficou deformada. Isso comprovou a flexibilidade desse sistema de moldagem.
"As observações feitas sobre as capacidades de modelagem da cabeça fetal e do cérebro durante o segundo estágio do trabalho também nos permitem considerar uma simulação mais realística do parto, a fim de desenvolver um teste virtual de trabalho capaz de detectar e prevenir riscos biomecânicos ligados ao parto", finaliza o artigo que relata a pesquisa.