Jornalista com sete anos de experiência em redação na área de beleza, saúde e bem-estar. Expert em skincare e vivências da maternidade.
iCarisa Barker, moradora de Layton (Utah, EUA), 20 anos, encontrou uma forma de manter o seu vício em fazer compras: vender o próprio plasma duas vezes por semana.
De acordo com a Cristina Balestrin, Gerente Executiva do Banco de Sangue da Beneficência Portuguesa de São Paulo, o plasma é a parte líquida do sangue e corresponde a 55% do seu volume total, o maior representante do volume total do sangue. Nós também temos as hemácias, as plaquetas e os leucócitos.
"O plasma é responsável pelo transporte do gás carbônico produzido na respiração celular, pelo transporte de resíduos produzidos pelas células, auxiliando na defesa do organismo, na coagulação do sangue e no transporte de nutrientes", explica. Ele é composto por 90% de água e o restante correspondem a proteínas e outras substâncias.
A jovem americana rendeu cerca de R$ 13 mil com a venda do plasma. "Sou compulsiva. Se pudesse, iria às compras todos os dias", afirmou em entrevista ao NY Post. Além disso, ela trabalha como babá em período parcial.
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"É um dinheiro extra, mas um dinheiro que eu gasto sem ter que trabalhar duro para ganhá-lo. Que eu saiba não há riscos, e os meus pais estão cientes", declarou Carisa, que começou a doar plasma após uma amiga sugerir.
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Prática é permitida ou perigosa?
"No Brasil, a doação remunerada de sangue ou de qualquer hemocomponente, foi proibida no início da década de 80", lembrou Cristina Balestrin. O primeiro estado do país a impedir a ação foi São Paulo.
Já nos Estados Unidos, a doação remunerada de plasma é permitida, pois é utilizado pela indústria, sendo passado por um processamento que produz fatores de coagulação, como albumina, por exemplo. Conforme a especialista, essa técnica é usada para ajudar pessoas com distúrbios da coagulação, como a doença de Von Willebrand.
"No Brasil você coleta plasma através de uma máquina chamada aférese, ou seja, você faz uma plasmaférese, com finalidade terapêutica", afirma. Mas não é processado, por isso, em seguida é descartado para melhorar sintomas de doenças.
A especialista esclarece que a legislação americana classifica o doador de plasma como um doador frequente ou infrequente. O infrequente é aquele que pode doar pelo menos 1 vez por mês, já o frequente pode doar com intervalo menor do que um mês.
"Mas isso desde que ele cumpra um conjunto de requisitos, de acesso venoso, de peso corpóreo e boas condições de saúde. Assim, ele pode sim doar plasma duas vezes por semana com intervalo de pelo menos dois dias", completa.