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Uanderson Barreto, de apenas 29 anos, é um pai solteiro que ficou conhecido nas redes sociais pela sua história emocionante com sua família e se tornou um exemplo no quesito paternidade. O enfermeiro resolveu adotar 10 adolescentes para não separar os irmãos biológicos e conta em entrevista o segredo de como ser um bom pai.
O enfermeiro diz que a rotina de um pai de 10 filhos exige organização, porém, diferente do que se imagina, tantos adolescentes não dão tanto trabalho. "Mesmo minha rotina sendo uma loucura, não posso posar de super-herói. Eu fui abençoado, porque meus filhos não são trabalhosos. Eu coloco um organograma e ele vão seguindo, cada um arruma suas coisas. Além disso, pra gente conseguir se organizar, resolvi morar perto da escola, dos lugares onde eles praticam esporte, assim consigo coordenar toda dinâmica", afirma Uanderson.
Mesmo a adolescência sendo conhecida como uma das fases mais difíceis de lidar, por ser a transição da infância para a idade adulta, o enfermeiro compartilha seu segredo para uma boa convivência: "Mesmo cobrando muito, eu faço questão de ser um pai presente. A gente vai se conectando e se tornando muito amigos. A receita aqui em casa é amor e limite, mas o idioma maior é o amor."
Além disso, Uanderson reafirma a importância do afeto na criação e compartilha sua estratégia para se aproximar dos seus filhos: "Um conselho que eu daria para todos os pais do século 21: se desconectem e se liguem por laços de afeto. Brinquem com seus filhos. Eu promovo noite da pizza, noite do hambúrguer, noite da palha italiana. Traga para seus filhos para perto de vocês com uma abordagem mais humana."
Adoção tardia
Atualmente, a realidade das crianças que estão esperando para serem adotadas é incompatível com o perfil procurado pelos adotantes: 67,6% têm entre 7 e 17 anos, 55% têm irmãos e pelo menos cerca de 25% possuem algum problema de saúde, segundo dados mais recentes do Sistema Integrado do Cadastro Nacional de Adoção.
Foi justamente por não estarem na lista de preferência de adoção dos brasileiros que Uanderson resolveu adotar seus 10 filhos. Ele afirma que o amor não tem idade nem fronteiras. "Essas crianças não são são invisíveis, eles existem, o amor não tem idade. Eles pronunciam a palavra pai como um bebê um dia pronunciaria. São eles que realmente precisam de nós", reforça o enfermeiro.
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