Jornalista com sete anos de experiência em redação na área de beleza, saúde e bem-estar. Expert em skincare e vivências da maternidade.
iImagine que seu corpo possa produzir a própria cerveja. O que parece um sonho a algumas pessoas que apreciam a bebida, é um pesadelo a outras - como aos portadores da Síndrome da Autocervejaria, que ficam alterados sem sequer terem tomado uma gota de álcool.
Estudos passaram a ser feitos após um americano de 61 anos ser levado ao hospital devido a tonturas, em 2013. Médicos constataram um alto nível de álcool no sangue, equivalente a cinco latas de cerveja. O homem declarou que não havia bebido nada.
Ele foi mantido por 24 horas em observação constante, sem ingestão de bebidas alcoólicas até que se sentisse sóbrio. Ao comer refeições ricas em carboidratos, foi constatado que o paciente voltou a ficar bêbado. As informações foram divulgadas pela NPR - National Public Radio.
O que é a Síndrome da Autocervejaria
Também chamada de "Síndrome da fermentação intestinal", a Síndrome da Autocervejaria é uma doença rara capaz de produzir álcool no intestino de pacientes.
Pesquisadores, como o gastroenterologista Justin McCarthy (que cuidou do caso do americano), afirmam que a síndrome transforma o açúcar presente em alimentos com amido (como massas, pães e vinho) em álcool a partir do intestino.
Causas da doença
O problema é causado pelo fungo Saccharomyces cerevisiae, o mesmo presente na produção de cerveja. Este fungo, portanto, coloniza o sistema digestivo de pacientes e passa a transformar carboidratos em álcool.
Porém, em outros casos observou-se que pacientes apresentaram a Síndrome da Autocervejaria enquanto tomavam antibióticos ou quando a imunidade estava baixa.
Devido a isso, cientistas ainda investigam os reais fatores que podem ocasionar a doença e quais são os grupos de risco.
Tratamento
O tratamento para a Síndrome da Autocervejaria atualmente é baseado em remédios antifúngicos. Contudo, devido ao fato de ser uma condição rara e ainda terem poucas análises sobre, nem sempre o uso de medicamentos é eficaz.
Outro norte-americano, chamado Matthew Hoag, apresentou a doença aos 20 anos. Ele somente consegue ter controle dos sintomas quando evita carboidratos.
A Justiça de Nova York também já inocentou uma mulher que dirigia embriagada após exames que constataram a síndrome. Ela não sabia que era portadora e nem o que era a condição.
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