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A traição, quando acontece, pode ser um sinalizador de que está na hora de olharmos para dentro de nós e para o relacionamento que vivemos.
Por mais que a infidelidade esteja cercada de estigmas morais, é necessário desprender-se desses conceitos para que possamos entender quais vazios estamos tentando preencher.
Caso você tenha sido traído(a), é imprescindível nutrir o autoconhecimento. Quando entendemos nossa identidade, sabemos que nosso valor independe das atitudes alheias.
Incorporar estes raciocínios no dia a dia pode parecer difícil, mas há formas de enxergamos a traição por óticas que nos trazem aprendizados - e não crenças limitantes.
Por isso, separamos sete filmes que abordam o tema na ficção, promovendo reflexões inquietantes acerca de nossas motivações, reações e concepções sob a infidelidade. Veja a seguir:
1. De Olhos Bem Fechados (1999)
Dirigido pelo renomado diretor Stanley Kubrick, o longa conta a história de um casal que, após uma festa, conversa sobre seus desejos e fantasias. É neste diálogo que Alice (Nicole Kidman) revela a seu marido que já pensou em abandonar o casamento para ficar com outro homem.
Surpreso com a revelação, Bill (Tom Cruise) sai pelas ruas de Nova York para refletir sobre o que lhe foi dito. Entretanto, o desenrolar da noite insere o personagem em situações ainda mais complexas, que o forçam a pensar sobre seus valores e resgatar cobiças reprimidas.
O filme reflete sobre a forma que lidamos com a possibilidade de sermos trocados. Características humanas, como o ego e autoconhecimento, interagem entre si para determinar como iremos manter uma relação quando sabemos que ela não é mais a idealização monogâmica que imaginávamos.
2. Infidelidade (2002)
Não é incomum ouvir sobre casos de traição em relacionamentos longos. Os fatores que podem desencadear o acontecimento são diversos, como a busca por maiores emoções, insatisfação pessoal e até dificuldades de comunicação. E o longa de Adrian Lyne nos instiga a refletir sobre essas motivações.
A trama gira em torno de Connie Summer (Diane Lane) e Edward (Richard Gere), que estão casados há 11 anos e têm um filho pequeno. A rotina da família não possui grandes contratempos, e é difícil imaginar algo atrapalhando a felicidade do casal.
Entretanto, Connie acaba conhecendo um jovem rapaz (Olivier Martinez) e se apaixona por ele, mantendo encontros frequentes. Tópicos como a confiança e o autocontrole são abordados em tela, acompanhando a narrativa que, gradualmente, tem seus níveis de tensão aumentados pela probabilidade dos dois amantes serem descobertos.
3. O Preço da Traição (2009)
Ao suspeitar que seu marido David (Liam Neeson) está tendo relações extraconjugais, Catherine (Julianne Moore) contrata Chloe (Amanda Seyfried), uma garota de programa, para testar a fidelidade do parceiro.
Entretanto, o plano começa a dar errado quando a jovem começa a criar vínculos íntimos com David, complicando ainda mais a situação de Catherine. Dirigido por Atom Egoyan, o filme nos faz questionar as atitudes que tomamos para comprovar nossas convicções.
Além disso, é necessário que nos coloquemos em primeiro lugar. Quando a companhia do outro fere nossa autoestima, precisamos ter um tempo sozinhos, para nos reconectar com o melhor que existe dentro de nós.
4. Beleza Americana (1999)
Vencedor de cinco Oscars, Beleza Americana é um dos clássicos indiscutíveis do cinema. A história acompanha Lester Burham (Kevin Spacey), um homem frustrado com todos os aspectos de sua vida, incluindo o casamento com Carolyn (Annette Bening).
Diante de uma rotina monótona, um fato inusitado altera o percurso de Lester: ele se apaixona pela melhor amiga de sua filha adolescente. A partir daí, o personagem embarca em uma odisseia de autorrealização, buscando recuperar o brilho de sua juventude.
Durante o longa, podemos perceber que Lester está traindo apenas uma pessoa: ele mesmo. Quando apenas seguimos a correnteza, e aceitamos o que nos é imposto, corremos o risco de viver uma vida que não nos pertence.
Elementos como o humor, melancolia e a delicadeza transbordam a cada cena, nos inspirando a buscar a autorreflexão para alcançar o bem-estar.
5. Queda Livre (2013)
A obra de temática LGBT nos apresenta a história de Marc (Hanno Koffler), um policial casado e que será pai em breve. Para ele, tudo está normal, até que encontra Kay, um colega de quarto do campo de treinamento.
Os dois iniciam um romance, o que faz Marc perceber que não conhecia sua identidade por completo. Buscando equilibrar a felicidade de todos a sua volta, e a própria, o personagem vive dilemas complexos que fazem parte de nossa jornada de autodescoberta.
6. Relatos Selvagens (2014)
A obra de Damián Szifron é uma coleção de seis histórias, que abordam temas como justiça, vingança e a traição. Este último assunto é tratado no sexto segmento do longa, que narra o momento em que uma noiva descobre que foi traída no dia de seu casamento.
Equilibrando humor ácido e dramaticidade, o conto retrata o quanto alguns de nós entram em contato com as emoções mais intensas ao descobrir segredos indesejados.
7. Atração Fatal
O suspense estrelado por Glenn Close conta a história de um homem casado, chamado Dan Gallagher (Michael Douglas), que tem um rápido caso com Alex Forrest (Glenn Close).
Apesar de não querer se envolver novamente com a executiva, ela continua a manter contato, insistindo para que os dois possam se relacionar.
Aos poucos, Alex começa a demonstrar que não apenas está obcecada por Dan, como também está disposta a fazer tudo para ficar com ele, incluindo colocar a vida de sua família em risco.
O longa aborda as consequências da traição em suas mais variadas intensidades e mostra como pequenos deslizes podem resultar em grandes mudanças.
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