Jornalista com sete anos de experiência em redação na área de beleza, saúde e bem-estar. Expert em skincare e vivências da maternidade.
iO som do útero, também chamado ruído branco, pode ajudar o bebê a adormecer nos três primeiros meses de vida. Isso acontece porque esse som remete ao mesmo ruído intrauterino (batimentos cardíacos, pulsações dos vasos sanguíneos), trazendo conforto e segurança ao recém-nascido, por se tratar de um barulho já conhecido. Para exemplificar: parece aquele som que a gente escuta quando está no fundo de uma piscina.
Este ruído branco também se assemelha ao som do aspirador de pó e do secador de cabelos. "Já existem dispositivos que emitem esse barulho como aplicativos de celular e brinquedos que podem ser utilizados para acalmar o bebê", diz Marcela Noronha, pediatra fetal do Hospital São Luiz Morumbi, em São Paulo.
Para a especialista, o único cuidado é manter esses dispositivos em uma distância segura para o recém-nascido, a cerca de dois metros. Afinal, eles devem ser acionados no momento de adormecer.
"É bem rápido, quando a criança se adapta em dez minutinhos já está dormindo", completa Marcela. Outro benefício desse som é que ele pode ajudar a abafar o ruído da casa, em especial, quando têm mais crianças, uma vez que o barulho externo pode atrapalhar o início do sono.
"Estudos publicados em 1990 no Archives of Disease and Childhood mostrou que, dos 40 bebês avaliados, o ruído branco ajudou 80% a iniciar o sono após 5min de escuta", destaca a pediatra Thais Bustamante, Neonatologista pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP).
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Sua utilização costuma ser útil nos primeiros três meses, pois após essa fase o bebê começa a se desconectar desse barulho. Ainda assim, não existe um tempo de uso definido, vale apenas não deixar o recém-nascido criar dependência desse som. "Também é importante que esse som não ultrapasse 50 decibéis pelo risco de causar problemas no desenvolvimento da linguagem e fala", alerta Thaís.
E se o bebezinho estiver chorando, o som precisa ser mais alto que o choro para que ele possa ouvir e se acalmar. Depois disso, os pais devem diminuir o volume e ajustá-lo para que fique confortável à audição do bebê. Além disso, o som não deve ser mantido após o bebê pegar no sono.
No entanto, é preciso lembrar que cada ser é único e o som do útero não é unanimidade. Portanto, alguns bebês podem não se adaptar ao ruído e, nesse caso, não vale insistir. "Nem todos os bebês respondem bem ao som, e isso deve ser respeitado", fala Thais.
Por que é bom?
- É um som familiar ao recém-nascido
- Provoca calma e tranquilidade
- Ajuda na hora de adormecer.
E quais são os cuidados?
- Os dispositivos não podem ultrapassar os limites recomendáveis (altura e distância)
- Os bebês não devem ficar dependentes desse som para dormir
- Têm bebês que não respondem bem a esse som.