Médica dermatologista formada em clínica médica pela UERJ e em dermatologia pelo Instituto de dermatologia Prof. Rubem D...
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O que é criofrequência?
A criofrequência é um procedimento para tratar flacidez, gordura localizada e celulite.
O tratamento combina duas tecnologias: a criolipólise e a radiofrequência. A primeira quebra a gordura e a segunda melhora a flacidez e estimula o colágeno. Todo o procedimento é feito com o mesmo aparelho.
Como funciona o tratamento?
O aparelho da criofrequência utiliza uma ponteira resfriada que pode chegar até -10ºC. A dermatologista Betina Stefanello explica que essa ponteira é aplicada na área do corpo desejada, causando um choque térmico na pele. Isso acontece porque, logo depois dessa ponteira muito gelada, é aplicada uma ponteira que chega até 60ºC.
A variação de temperatura junto com a radiofrequência do aparelho consegue quebrar a gordura localizada e estimular o colágeno na região tratada.
Onde aplicar
A criofrequência pode ser feita em todas as partes do corpo em que se tem acúmulo de gordura como, por exemplo:
- Abdômen
- Parte interna da coxa
- Braços
- Flancos
- Abaixo do bumbum
- Culote
- Rosto (para rejuvenescimento)
Criofrequência funciona?
De acordo com a dermatologista Fabiana Seidl, o tratamento é capaz de aumentar a circulação sanguínea e estimular as células a produzirem colágeno, quebrando as de gordura que, posteriormente, serão eliminadas pelo organismo.
Dessa forma, os principais benefícios da criofrequência são:
- Melhora linhas de expressão
- Melhora o aspecto de estrias e celulites
- Melhora flacidez
- Elimina papada
- Elimina gordura localizada.
Os efeitos totais do procedimento só são observados após 3 semanas, porém dependendo da área tratada esse prazo pode se estender por até 2 meses.
Sessões
Os fabricantes dos aparelhos de criofrequência orientam que se faça de 8 a 10 sessões, que pode variar dependendo da área tratada.
Quando o objetivo é estimular o colágeno na pele, a dermatologista Fabiana Seidl recomenda sessões a cada 7 ou 15 dias. Já quando se quer perder medidas, as sessões podem ser realizadas duas vezes por semana.
"O tempo da sessão depende do número de áreas a serem tratadas, mas varia de 20 a 60 minutos", explica.
Os resultados não são imediatos, porque o colágeno leva um tempo para ser produzido pelo corpo, assim como o organismo precisa eliminar a gordura que foi quebrada.
Contraindicações da criofrequência
Apesar da criofrequência ser um tratamento com diversos benefícios, existem algumas contraindicações. A dermatologista Betina Stefanello explica quem não pode fazer:
- Portadores de marcapasso: porque a radiofrequência altera o campo eletromagnético
- Pessoas com doença de pele no local onde se quer fazer a criofrequência, por exemplo, a dermatite
- Pessoas com epilepsia: porque algumas crises podem ser desencadeadas pelo calor
- Pessoas com câncer
- Pessoas que estão em tratamento com corticóide oral
- Pessoas com implante de metal ou silicone no local onde será tratado
- Grávidas e lactantes.
Diferença da criofrequência e criolipólise
A criofrequência e a criolipólise são tratamentos bem parecidos, a diferença é que, no segundo procedimento, a célula de gordura é quebrada por completo, sendo mais eficaz para quem deseja reduzir gordura corporal. Em compensação, não possui a radiofrequência que estimula o colágeno do local.
Após avaliação com dermatologista capacitado para realizar o procedimento, será indicado o melhor tratamento para o caso em específico.
Referências
- Betina Stefanello, dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) - CRM: 52.91371-5
- Fabiana Seidl, dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) - CRM 52.87852-9