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Quando a data prevista do parto está se aproximando, qualquer mudança no corpo ou desconforto já é sinal de alerta para muitas gestantes. Porém algumas dores ou até sangramento não significam que a gestante entrou em trabalho de parto.
Por isso, listamos quais são os sintomas de trabalho de parto
- Perda do tampão mucoso: É uma pequena quantidade de sangue com muco que sai do colo do útero. Pode preceder o início do trabalho de parto em até 72 horas. Não é um sangramento em grande quantidade. Porém, se esse for o caso, pode ser que a placenta tenha descolado, e aí sim é necessário ir ao pronto-socorro
- Contrações irregulares: São aquelas dores que não passam e são persistentes
- Ruptura das membranas: É o famoso perder líquido, que também pode indicar trabalho de parto próximo
- Sangramento vaginal: Isso pode significar que o colo do útero está começando a sofrer as alterações para o trabalho de parto
- Dilatação do colo do útero: É a medida aferida apenas em consultório e hospitais por profissionais da saúde.
No entanto, a ginecologista e obstetra Carolina Curci alerta que a variação de sensibilidade é diferente em cada gestante, portanto não é possível definir com exatidão o início do trabalho de parto, nem o final do primeiro estágio.
Por outro lado, alguns sinais confundem as gestantes, mas não são sintomas de trabalho de parto. Confira sinais que não são de trabalho de parto:
- Dores: Elas podem identificar outros quadros, como infecção urinária
- Perda pequena de líquido: O útero comprime a bexiga, pode levar a perda de urina e confundir com bolsa rompida
- Sensação de barriga dura: Esse sintoma não necessariamente é de contração, pois às vezes o bebe só mexe muito
- Pequeno sangramento: Às vezes o colo do útero sangra por alguma inflamação prévia da gestação e não significa que a gestante entrou em trabalho de parto.
"Está tudo bem confundir, não fiquem preocupadas se for mais um alarme falso", afirma Carolina. Por isso, a obstetra orienta que a gestante se dirija ao hospital em qualquer sinal de dor, perda de líquido, diminuição dos movimentos fetais ou qualquer sintoma agudo. "Não podemos correr risco algum. Sempre falo para as minhas pacientes não tem problema ser alarme falso é melhor pecar pelo excesso de preocupação do que correr riscos".
Fases do trabalho de parto
O diagnóstico de trabalho de parto (TP) tem como critérios as contrações uterinas dolorosas e regulares em tempo (a cada 5 minutos ou menos), em intensidade e em duração (50 a 60 segundos). Depois que ele começa, a gestante passa por diversas etapas.
A ginecologista e obstetra e especialista em reprodução assistida, Karina Tafner, explica cada fase do trabalho de parto.
- Período de dilatação ou primeiro período clínico (trabalho de parto): Fase marcada pelas contrações que produzem dilatação do colo do útero. Nesta fase também pode ocorrer a ruptura da bolsa d'água
- Período de expulsão, expulsivo ou segundo período clínico (parto propriamente dito): Inicia-se quando há dilatação cervical total (10 centímetros) e termina com a saída do feto
- Período de dequitação ou terceiro período: Inicia-se após a expulsão fetal e termina após a saída da placenta pela vagina
- Período de Greenberg ou quarto período: primeira hora após a dequitação, deve ser um período de atenção do obstetra, devido ao risco de sangramento uterino.
Veja vídeos de parto para saber como é a experiência.