O famoso "chupão" no pescoço pode ser considerado uma prática controversa. Enquanto que, por um lado, alguns odeiam, por outro, é inegável que ele tenha seus admiradores. Porém, nas duas situações, uma coisa é fato: muita gente faz de tudo para esconder a marca após recebê-la.
Mas afinal, de onde surge o prazer causado por esse estímulo no pescoço? A prática é realmente saudável? Veja as explicações de sexólogos e dermatologistas sobre o assunto e conheça os riscos, cuidados e, claro, dicas de como tirar o chupão da pele.
Chupão é bom?
Existem muitas terminações nervosas em toda a região do pescoço, que respondem a diferentes tipos de estímulos: de pressão, de temperatura e de textura - o que faz dele uma potente zona erógena. Esse é um dos motivos pelos quais a prática pode ser tão prazerosa para algumas pessoas.
"O tal chupão, ou beijinhos, lambidinhas, mordidinhas no pescoço, geralmente causam uma sensação de prazer não só local, mas que irradia para a cabeça, ombros, braços e pode chegar até os dedos da mão", explica a sexóloga Livia Leite.
O interesse das pessoas em praticar ou receber esse tipo de carícia, geralmente, está associado à vontade de sentir esse estímulo ou de provocá-lo. No caso do chupão especificamente (aquele que provoca uma marca, que nada mais é do que um hematoma), Livia explica que podemos atribuir alguns significados, como um descontrole do momento de prazer ou até uma marca de "posse", associada a algum tipo de fetiche.
Quais são os riscos?
Segundo a dermatologista Kate Koetz, o chupão é formado por uma forte sucção. O resultado é uma mancha roxa (hematoma), formada pelo estouro de micro vasos sanguíneos que irrigam a pele. Assim, seu maior risco é a formação de coágulos. "Já foram relatados até mesmo casos de AVC após essa 'demonstração' de carinho", alerta.
Por isso, essa prática costuma ser algo para o qual profissionais de dermatologia demandam cuidado. Na verdade, ao ser realizada, ela deve ser seguida apenas de um "tratamento" atencioso, para não deixar qualquer sequela.
Como tirar chupão
Logo nas primeiras horas após receber a marca, a pessoa pode fazer uma compressa gelada e massagem delicada sobre o chupão, de acordo com a dermatologista Luciana Garbelini. "Dessa forma, a compressa deve diminuir a inflamação local", explica.
A especialista também adverte que não se deve colocar o gelo diretamente na pele e, sim, envolvê-lo em um pano ou plástico e aplicá-lo sobre a região por cerca de 15 minutos.
Em seguida, a recomendação é aplicar uma pomada no local para facilitar a reabsorção do hematoma. "Por exemplo, pomadas que contenham polissulfato de mucopolissacarídeo, heparina, arnica, vitamina K, cafeína ou aloe vera", exemplifica Luciana.
A alimentação também pode auxiliar no processo desinflamatório do chupão. Alguns dos principais alimentos que ajudam o hematoma a desaparecer são:
- Folhosos verdes escuros ricos em vitamina K, como couve, brócolis, acelga e espinafre
- Alimentos ricos em ômega 3, como salmão, sardinha, atum ou sementes de chia
- Frutas ricas em vitamina A, C e E, como laranja, limão, manga e tomate, que também são essenciais para regeneração da pele.
Kate Koetz ainda dá outras dicas de como evitar que a marca fique tão evidente: se ocorrer no pescoço, mantenha a cabeça elevada com o uso de travesseiros ao deitar, pois isso evita que a cor fique tão intensa.
Além disso, é recomendado evitar a exposição ao sol, pois pode prolongar o tempo que o hematoma leva a desaparecer ou mesmo deixar a pele permanente manchada.
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