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Com 40 semanas a personalidade do seu bebê já pode ser percebida e é preciso dar a oportunidade dele se expressar. Isso contribui para a tranquilidade e segurança de poder exercitar sua individualidade e autonomia, conforme vai crescendo.
Geralmente, a partir dos 6 meses a criança já consegue distinguir pessoas da sua família e pessoas estranhas, ficando bastante seletiva em relação a elas. Porém, isso não é uma regra, e pode ser que o seu bebê seja mais tranquilo em relação a isso.
De acordo com a pediatra Josineide Ramos do Hospital Adventista Silvestre, o contato do bebê com outras pessoas fora de casa é importante para que ele possa adquirir suas próprias experiências sociais. Mas ficar passando o bebê de braço em braço pode gerar certo nível de estresse a ele, além de serem mais vulneráveis.
Alguns bebês costumam apresentar características mais tímidas, por vezes levando os pais a se questionarem se o bebê pode ter Transtorno do Espectro Autista (TEA). É preciso muito cuidado para não fazer um diagnóstico por conta própria baseado apenas na timidez do bebê.
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), em algumas crianças os sinais são visíveis logo após o nascimento. Mas de acordo com a pediatra, na maioria dos casos os sintomas de TEA só são consistentemente identificados entre 12 e 24 meses. Além disso, o diagnóstico ocorre em média aos 4 ou 5 anos de idade.
Contudo, Josineide Ramos aponta alguns sinais de alerta antes de 12 meses:
- 1º mês: não sorrir
- 2º mês: não reagir a voz dos pais, não sorrir, não seguir a face dos pais
- 3º mês: sobressalto ao menor ruído, não sorri
- 6º mês: não responde ao nome, pouca ou nenhuma vocalização, baixa atenção a face humana (preferência por objetos), não gosta de estar no colo, não apresenta sorriso social
- 9º mês: não faz troca comunicativa, não balbucia, não olha quando é chamado, não olha para onde o adulto aponta
- imitação pouca ou ausente
É importante ressaltar que os sinais descritos acima são apenas referenciais, a presença de um deles no bebê não necessariamente aponta a presença do TEA, tampouco substitui o diagnóstico realizado pelo médico.
Dessa forma, lembramos que o bebê ser mais recluso não significa que no futuro será diagnosticado. "Mesmo que ele seja um bebê isolado socialmente, ele terá o convívio com os pais ou cuidadores. Bebês com risco de desenvolver autismo não olham para a mãe durante a amamentação, não se aconchegam no colo dela e não fazem troca de turno comunicativo", finaliza.