Jornalista com sete anos de experiência em redação na área de beleza, saúde e bem-estar. Expert em skincare e vivências da maternidade.
iAs fibras e os laxantes são indicados para ajudar no funcionamento do intestino, mas é importante saber que há diferenças importantes entre esses dois tipos de compostos usados no combate à constipação intestinal, e que as fibras são consideradas opções mais naturais e com menor risco de apresentar efeitos colaterais, como os observados no uso de medicamentos.
É por isso que, quando o intestino mostra sinais de que está ficando mais lento, a primeira opção para ajudar a contornar o problema deve sempre ser uma mudança nas medidas de comportamento.
Isso inclui aumentar o volume de água consumido diariamente, bem como a prática de exercícios físicos e, sem dúvida, o ajuste da alimentação. As fibras, então, entram nesse primeiro embate.
Fibras: as amigas do intestino
É como se o intestino fizesse greve: sem fibras, ele se recusa a ter um funcionamento 100% satisfatório. É por isso que precisamos nos atentar para ingerir uma quantidade adequada de fibras por dia - o ideal em média é 25g para mulheres e 38g para homens.
Embora os dois tipos de fibras - solúveis e insolúveis - sejam importantes, a solúvel pode ser considerada a estrela no combate à prisão de ventre. Esse título é merecido pelo fato de ela ter capacidade de retenção de água, ou seja, permite que as fezes não fiquem mais endurecidas e secas - característica da constipação -, mas sim mais maleáveis e fáceis de serem evacuadas.
Além disso, as fibras solúveis, como a goma guar parcialmente hidrolisa e inulina, servem de alimento para as bactérias presentes no intestino que, quando em equilíbrio, essa microbiota intestinal também tem papel importante para evitar a constipação.
Encontradas em muitos alimentos saudáveis, como aveia, cevada, banana, maçã, sementes como linhaça e chia, além de algumas oleaginosas como castanhas, nozes e amêndoas, as fibras solúveis estão presentes no dia a dia, mas nem sempre na quantidade adequada.
Laxantes: não use sem indicação médica
Diferentemente das fibras, que precisam ser ingeridas diariamente e trazem benefícios para a saúde intestinal - desde que associadas ao consumo regular de água - os laxantes não partilham da mesma indicação.
Apesar de serem vendidos livremente e sem necessidade de prescrição médica, é importante lembrar que laxantes são medicamentos, logo, não podem ser consumidos sem critério. Se usados de forma incorreta, podem provocar transtornos maiores à saúde intestinal.
Isso porque a ação de alguns laxantes pode deixar o intestino dependente desta influência e, quando o uso é interrompido, a prisão de ventre volta sem pedir licença: o famoso efeito rebote.
Para entender melhor, a ação dos laxantes é diferente da forma que as fibras se comportam no organismo.
Há vários tipos de laxantes, desde aqueles que ajudam a acumular mais água em determinada parte do intestino, amolecendo as fezes e facilitando a evacuação, até aqueles que provocam uma movimentação na parede intestinal, o que também faz com que as fezes sejam expelidas.
Por isso, lembre-se: o intestino começou a ficar preso? Avalie seus hábitos, ingira mais água, abandone o sedentarismo e passe a consumir uma quantidade adequada de fibras solúveis por dia, pois elas são fundamentais para auxiliar o bom funcionamento intestinal.