O que é BodyTalk
Relativamente nova, a BodyTalk é uma terapia não invasiva que busca entender a linguagem do corpo a partir da sabedoria ou inteligência inata - uma inteligência que regula todas as funções de cada ser humano, capacitando o poder que o corpo tem de autocura física, mental e energética. A técnica não é relacionada à nenhuma religião.
Revelado para o mundo em 1995, pelo australiano John Veltheim, o método parte do princípio de que se o corpo e a mente estiverem em profunda comunicação e harmonia, há saúde; mas a partir do momento em que o indivíduo começa a expressar sintomas ou doenças, é porque existe um problema comunicacional entre esses dois aspectos do ser.
Então, segundo o terapeuta e instrutor no sistema BodyTalk, Márcio Bley Ribeiro, esta terapia busca descobrir quais fatores perderam comunicação entre si e como podem ser restabelecidos, ajudando o paciente a retornar ao estado de boa saúde através do trabalho no âmbito físico, mental e energético.
"Uma dor em uma área no corpo pode não ser somente uma dor. Pode ter origem no campo emocional, um trauma, um padrão que se repete", descreve o terapeuta Luciano Flehr.
Como funciona o BodyTalk
Para conseguir restituir a comunicação entre corpo e mente, é aplicado um teste chamado Biofeedback Neuromuscular, onde o terapeuta vai encostar no braço do paciente para, através de contrações musculares, receber uma resposta simples de "sim" ou "não" a perguntas no protocolo do BodyTalk. "O braço mais tenso é uma resposta negativa, já o braço mais solto é uma resposta positiva", explica Luciano.
Este processo se baseia no conceito de que o corpo tem todas as informações sobre si mesmo e permite que o profissional detecte circuitos de comunicação que estão comprometidos, assim como em que ordem eles precisam ser restabelecidos.
As informações captadas pelo terapeuta serão implementadas no paciente através de leves toques naquilo que o BodyTalk chama de "cérebros do corpo": o mental, cabeça; o do coração, que lida com questões emocionais; e o do intestino, que lida com as questões do instinto mais primitivo do ser.
A partir do momento em que há a revelação das informação necessárias e a implementação delas, o corpo começa o seu processo natural de autorregulação e autocuidado, despertando a sabedoria inata, o que culminará na capacidade de autocura do cliente através da ressincronização e reequilíbrio de funções e conexões comprometidas.
Instigando no paciente a observação de si mesmo, o BodyTalk consegue ajudá-lo a desenvolver uma nova consciência sobre o "ser". "Entendemos que a doença não é o inimigo do paciente, mas o caminho para um estado de atenção", diz Bley.
Mas isso pode levar tempo, já que o método respeita o ritmo do cliente, que se revela a cada sessão. "É um trabalho único e individual, não há uma técnica coletivizada, cada um tem uma necessidade particular", esclarece o terapeuta.
Levando a atenção do BodyTalk para o dia a dia
Uma vez que o indivíduo vai a uma sessão de BodyTalk e inicia a sua jornada de desenvolvimento da consciência, isso naturalmente começa a transformar a sua percepção e atuação nas relações que tem com a vida e com o meio ambiente.
"Por exemplo, se toda sexta-feira eu como pizza e tenho diarreia no sábado, começo a prestar atenção a esse comunicado do corpo de que pode haver uma intolerância ao glúten. Assim, levo o que o corpo revelou para a prática no dia a dia", exemplifica Bley.
Grande parte do processo do BodyTalk é ajudar o paciente a fazer uma individuação de sua presença na terra, ajudando-o a estar presente e atento às suas relações com tudo aquilo que o cerca. "Quanto mais comunicáveis estamos interna e externamente, menos o adoecer é necessário como uma tomada de consciência, o que pode levar a um processo de iluminação, autorrealização e questionamento que te liberta", explica Marcio.
Sessão de BodyTalk
Um terapeuta certificado de BodyTalk System pode aplicar o método. Em sessão, primeiro, ocorrerá a conversa com o paciente, que então vai se deitar ou sentar, confortavelmente, para fazer o Biofeedback Neurotransmissor, que trará as questões que precisam ser trabalhadas. Elas serão implementadas no corpo do paciente através de leves toques na cabeça, coração e intestino, promovendo um despertar da sabedoria inata, o que inicia um processo de autocura no cliente.
Uma sessão de BodyTalk pode durar de 30 minutos a uma hora e o preço varia de acordo com o profissional e a região. Atualmente, a terapia pode acontecer tanto presencialmente quanto online. "O método mexe com energia, portanto, a fisicalidade não é aquilo que traz resultado, mas, sim, a observação terapêutica acerca das questões trazidas", informa Bley.
Não há restrições ou contraindicações no BodyTalk. Por não ser uma terapia invasiva, ela não causará efeitos adversos, não fará diagnósticos, não receitará medicamentos e não envolve movimentos de fora para dentro do corpo. Sobre periodicidade, o tratamento não estabelece um tempo específico. Ao fim da sessão, o terapeuta se utiliza, mais uma vez, do Biofeedback Neurotransmissor para perguntar ao paciente qual a necessidade de uma nova sessão e qual o melhor momento para realizá-la. Não há certo ou errado, apenas a individualidade de cada um no processo de cura pelo BodyTalk.