Redatora especialista na cobertura de saúde, bem-estar e comportamento.
Uma inglesa de 90 anos foi a primeira pessoa a receber a vacina da COVID-19 no mundo. Segundo o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido, a mulher chamada Margaret Keenan, que na próxima semana completa 91 anos, recebeu a primeira dose do imunizante desenvolvido pela Pfizer/BioNTech às 06h31 do horário local (03h31 no horário de Brasília), em um hospital na cidade de Coventry, na Inglaterra, nesta terça-feira (08).
"Me sinto tão privilegiada. É o melhor presente de aniversário antecipado que eu poderia desejar, porque finalmente posso esperar passar um tempo com minha família e amigos no Ano Novo, depois de ficar sozinha a maior parte do ano", declarou Margaret à imprensa local.
Além de Margaret, outros cidadãos do Reino Unido também foram vacinados ao longo do primeiro dia de distribuição do imunizante, como um homem com o curioso nome de William Shakespeare - que foi oficialmente o segundo paciente a receber a vacina contra o coronavírus (SARS-CoV-2).
Em termos globais, a vacina da Pfizer/BioNTech é o primeiro imunizante contra a COVID-19 a ser aprovado para ser distribuído à população. Até então, a vacina só havia sido usada em testes para avaliar o desempenho e segurança do produto. Agora, ela faz parte do plano de imunização do Reino Unido.
Para ter acesso à vacina, a população local precisa obedecer uma série de requisitos, como ser idoso acima de 65 anos, profissional de saúde, morar em casas de repouso, ter alguma condição clínica estabelecida pelo serviço de saúde do país, entre outros critérios.
Vacina da COVID-19 no Brasil
Embora a distribuição da vacina da COVID-19 tenha começado no mundo, ainda não há confirmação de um plano nacional de imunização contra o coronavírus no Brasil. Por enquanto, o estado de São Paulo anunciou que deve iniciar a distribuição da CoronaVac a partir do dia 25 de janeiro. Porém, ainda falta a aprovação da Anvisa para que a vacina em questão seja aplicada, de fato, na população.
De acordo com o atual Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, o país deve receber entre janeiro e fevereiro de 2021 cerca de 15 milhões de doses da vacina do laboratório AstraZeneca, desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford. Assim, a expectativa é que a vacinação nacional ocorra entre março e junho do ano que vem.
Segundo Pazuello, o governo federal espera ter 100 milhões de doses da vacina no primeiro semestre e mais 160 milhões no segundo. A ideia é que o país tenha, ao todo, três opções de imunizantes contra a COVID-19 no Plano Nacional de Imunização.