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Uma pesquisa feita pela RCSI University of Medicine and Health Sciences, na Irlanda, relacionou o uso frequente da maconha com a redução do QI (Quociente de Inteligência), medida utilizada para definir a capacidade intelectual, em adolescentes.
O estudo foi realizado com a participação de 808 jovens que consumiram cannabis pelo menos uma vez por semana durante 6 meses e outros 5.308 que não tiveram contato com a substância. Cientistas compararam os pontos de QI obtidos pelos participantes no início e no final da pesquisa, revelando uma queda de até dois números na medida que classifica a inteligência verbal.
"Pesquisas anteriores nos mostraram que jovens que usam cannabis frequentemente têm maior risco de doenças mentais graves, como esquizofrenia. A perda de pontos de QI no início da vida pode ter efeitos significativos no desempenho na escola e na faculdade, além de impactar as perspectivas de emprego", relatou Mary Cannon, professora de epidemiologia psiquiátrica e saúde mental juvenil, uma das responsáveis pelo estudo.
Como a maconha age no organismo
Maconha é o nome popular da planta do gênero Cannabis, que apresenta três espécies: sativa, indica e ruderalis, além de um número incontável de variedades (strains) obtidas por cruzamento de espécies e variedades, levando alguns autores a classificá-la apenas como Cannabis sativa.
Os efeitos do cigarro de maconha vendido nas ruas pode variar de acordo com o indivíduo (estado psicológico e sensibilidade), ambiente onde é consumido e concentração de substâncias nele presentes. Se houver maior presença de CBD, por exemplo, pode haver sensação de sonolência. O THC em maior quantidade, por outro lado, pode levar à euforia.
Distúrbios de memória, aceleramento do coração, olhos vermelhos, tosse, aumento de apetite e perda de noção do espaço estão entre os sintomas mais frequentes do uso de cigarros de maconha.