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Um estudo holandês revelou um aspecto interessante sobre a relação familiar: crianças que crescem em lares com pais do mesmo gênero têm potencial de serem mais inteligentes no ambiente acadêmico do que aquelas que são criadas por pais de gêneros opostos.
A pesquisa, publicada no periódico científico Demography, analisou mais de 1,4 milhão de filhos de casais heterossexuais e 3 mil crianças de casais LGBTs, sendo 125 morando com casais gays e 2.881 com lésbicas ao longo de dois anos.
Os resultados do estudo indicaram que crianças de famílias com pais do mesmo gênero superam o desempenho escolar de crianças criadas em lares com com pais de gêneros opostos a partir de vários indicadores de desempenho acadêmico da Holanda, como o teste Cito (um exame que avalia crianças nos primeiros anos do ensino fundamental), taxas de conclusão do ensino médio e matrícula na faculdade.
O estudo também demonstrou que lares com duas mães geram grandes benefícios para crianças se comparados com casas com dois pais. Uma hipótese levantada pela pesquisa é o ambiente com uma "dose dupla de maternidade" no qual a criança vive.
"Mulheres desenvolvem relacionamentos mais calorosos, próximos e comunicativos com seus filhos [do que homens]", escreveram os pesquisadores, citando outros estudos que já apontaram esse aspecto da maternidade.
Em sua conclusão, cientistas se mostraram otimistas com o estudo, pois ele mostra como crianças em famílias LGBTs se saem tão bem quanto crianças em famílias com pais heterossexuais.
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