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No último domingo (04/07), o Papa Francisco foi submetido a uma cirurgia no intestino grosso por conta de uma estenose diverticular do cólon. De acordo com o boletim médico, o Papa "reagiu bem à operação", que foi realizada em anestesia geral.
O procedimento já estava agendado e tinha como objetivo corrigir o problema no cólon, que pode causar dor abdominal, constipação e diarreia.
O que é estenose diverticular?
A diverticulite é uma inflamação caracterizada pelo surgimento de pequenas "bolsas" (divertículos) na parede interna do intestino. Os divertículos podem surgir em qualquer parte do trato digestivo, porém, são mais comuns no intestino grosso, como é o caso do Papa.
O surgimento de divertículos é comum a partir dos 40 anos por conta do enfraquecimento natural dos tecidos. Outros fatores de risco são apontados, como uma alimentação pobre em fibras, pouco exercício físico, obesidade e tabagismo.
A partir da diverticulite, cicatrizes no intestino começam a aparecer, deixando sua parede interna mais dura e grossa. Por conta disso, ocorre a estenose, o estreitamento do órgão.
Como funciona o procedimento?
Basicamente, na cirurgia, é retirada a parte estreita do intestino para normalizar o fluxo intestinal. Depois, as duas extremidades são ligadas. O procedimento é realizado sob anestesia geral.
Geralmente, todo o procedimento deve durar entre duas a três horas. No caso do Papa, por ser um paciente idoso, há um risco maior, porém, a cirurgia é rotineira nos hospitais.
Para a recuperação do pontífice, é necessário que ele fique de cinco a sete dias no hospital. A bolsa de colostomia não é utilizada neste caso, apenas se o local do procedimento não cicatrizar corretamente.