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Quem nunca ficou com medo de que o xixi escapasse? As pessoas que sofrem com incontinência urinária lidam com essa questão diariamente. Um esforço físico, uma tosse, um espirro ou até uma mera risada podem ser motivos para o xixi escapar.
Tal condição pode surgir a partir de uma série de fatores, sendo um deles o enfraquecimento dos músculos que sustentam a bexiga - o que dificulta o controle da saída de urina. Com um oferecimento de Plenitud, o Minha Vida ao Vivo recebeu a fisioterapeuta pélvica Yasmin Xavier dos Reis para explicar as causas, as formas de prevenção e os possíveis tratamentos para incontinência urinária.
Assista ao vídeo no final da página! Antes, confira as principais perguntas e respostas da entrevista:
1. Minha Vida: É mito ou verdade que os escapes de xixi acontecem só com idosos?
Yasmin Xavier dos Reis: Mito. Qualquer pessoa pode sofrer com escapes de xixi. Eles são mais comuns em alguns grupos, como em mulheres idosas, gestantes e no pós-parto. Afinal, o avanço da idade, a queda dos hormônios (principalmente do estrogênio) e o próprio peso do abdômen propiciam o aparecimento dos escapes, a compressão da bexiga e o enfraquecimento da musculatura da região. Apesar disso, qualquer pessoa pode ter incontinência urinária, incluindo jovens, quem nunca teve filhos e crianças.
2. Minha Vida: As pessoas normalizam a incontinência urinária no pós-parto. Ela é mesmo tão normal assim?
Yasmin Xavier dos Reis: Ela não é nem um pouco normal. Por ser mais frequente em idosos, gestantes e mulheres no pós-parto, a incontinência urinária tende a ser normalizada. As pessoas acham que os escapes de xixi fazem parte daquele ciclo de vida e compõem um processo que precisa ser enfrentado de forma natural, mas não. Os escapes de urina, em qualquer situação, são um sinal de alerta. Eles precisam de tratamento adequado. Você, que é gestante ou puérpera, se está percebendo escapes de xixi ou que a calcinha está com cheiro de urina no final do dia, é importante ficar de olho, porque o aparecimento da incontinência nessa fase da vida aumenta a chance de continuar com essa condição ou tê-la novamente quando chegar na fase idosa ou adulta.
3. Minha Vida: Tem alguma atitude que a gestante pode adotar para evitar os escapes de xixi?
Yasmin Xavier dos Reis: Sim, com certeza! Na gravidez, existem formas tanto de tratar a incontinência quanto de preveni-la. As duas são através da fisioterapia pélvica. Ela pode ser feita nas que ainda não engravidaram, mas querem engravidar para já preparar o corpo com a intenção de ter uma gravidez o mais saudável possível. Ela ainda pode acontecer desde o início da gestação para prevenir ou tratar a doença. Nesse caso, a fisioterapia vai começar de uma maneira diferente e progressiva por conta dos maiores riscos do primeiro trimestre de gravidez. E, caso você não tenha passado pela fisioterapia na gestação, nada te impede de passar pelo tratamento no pós-parto, que pode ser imediato ou daqui cinco, dez ou quinze anos.
4. Minha Vida: Exercícios físicos podem agravar escapes de xixi?
Yasmin Xavier dos Reis: Alguns exercícios devem ser evitados porque podem piorar e até causar incontinência, como os de alto impacto - aqueles em que é necessário pular, saltar ou pegar uma grande quantidade de peso. O crossfit é um exemplo por gerar um aumento muito grande da pressão intra-abdominal. Então, exercícios de alto impacto só devem ser praticados por quem já passou por um acompanhamento do fisioterapeuta pélvico e tem a certeza de que seu assoalho está preparado para isso. No entanto, fazer atividades físicas leves, moderadas, que não geram alto impacto, pode trazer muitos benefícios e te proteger contra incontinência, ainda mais quando elas são associadas à fisioterapia pélvica.
5. Minha Vida: Quem quer fazer fisioterapia pélvica precisa de um encaminhamento médico ou pode falar direto com o especialista?
Yasmin Xavier dos Reis: Não precisa de encaminhamento. O fisioterapeuta pélvico é um profissional de primeiro contato. Isso quer dizer que o paciente pode vir direto para nós, mas é claro que é sempre muito importante os fisioterapeutas e médicos manterem um contato bem íntimo. Sempre que eu recebo um paciente que ainda não passou por um médico urologista, eu o encaminho para a realização dos exames e do diagnóstico. Assim, é possível juntar o diagnóstico do médico com o do fisioterapeuta e encontrar o melhor tratamento, que pode envolver fisioterapia pélvica, medicação e tratamento complementar, como atividades físicas, respiração guiada, meditação e acupuntura. Todo mundo tem que andar de mãos dadas. Eu não trabalho sem a ajuda de outros profissionais.