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O Reino Unido se tornou nesta segunda-feira (15) o primeiro país a aprovar uma versão atualizada da vacina contra COVID-19. O imunizante, desenvolvido pela farmacêutica Moderna, é bivalente, ou seja, possui formulação que envolve tanto a cepa original do Sars-CoV-2, descoberta na China em 2019, quanto a subvariante BA.1 da Ômicron, identificada em 2021 na África do Sul.
O anúncio foi feito pela Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido (MHRA). Agora, o Comitê Conjunto de Vacinação e Imunização britânico (JCVI) vai decidir se a nova vacina será incorporada na campanha de vacinação antes do próximo inverno, em dezembro no hemisfério Norte.
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De acordo com June Raine, chefe executiva da MHRA, a primeira geração de vacinas “continua a fornecer proteção importante contra a doença e para salvar vidas”. “O que esta vacina bivalente nos dá é uma ferramenta afiada em nossa armadura para nos ajudar na proteção contra a COVID-19 à medida que o vírus continua a evoluir”, afirma em comunicado.
Proteção contra outras subvariantes da Ômicron
A rápida evolução da Ômicron, com o surgimento de suas subvariantes (BA.1 a BA.5), tem gerado preocupações das autoridades em relação à eficácia de imunizantes desenvolvidos com a primeira versão detectada. Atualmente, as sublinhagens predominantes são a BA.4 e a BA.5.
De acordo com a Moderna, a vacina aprovada agora também oferece proteção para essas duas subvariantes emergentes. Segundo testes clínicos de fase 2, divulgados pela farmacêutica, o imunizante induziu uma produção de anticorpos oito vezes maior contra a Ômicron BA.1 quando aplicada como um reforço. Já em relação a BA.4 e BA.5 o aumento foi de 6,3 vezes.
Para o professor Munir Pirmohamed, presidente da Comissão de Medicamentos Humanos da MHRA, a nova vacina bivalente “representa o próximo passo no desenvolvimento de imunizantes para combater o vírus, com sua capacidade de levar a uma resposta imune mais ampla do que a vacina original”.
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Além do Reino Unido, o pedido de aprovação também foi feito pela Moderna no Canadá, na União Europeia e na Austrália. O Brasil não utiliza vacinas da farmacêutica na sua campanha vacinal contra a COVID-19 e, portanto, não deve receber o pedido.