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Trocar mensagens com conteúdo erótico e, até mesmo, enviar nudes ou seminudes pode ajudar a melhorar a relação de casais. É o que indica um estudo estadunidense, publicado na revista científica The Journal of Sexual Medicine, feito com pessoas de 18 a 75 anos em relacionamentos monogâmicos.
O sexting, como é chamada a prática de troca de mensagens digitais de teor erótico, quando feito de forma frequente, pode trazer resultados positivos para o relacionamento, como: maior qualidade na comunicação sobre sexo e maior satisfação pessoal e sexual com o parceiro, conforme constatou a pesquisa.
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O trabalho, intitulado “Sexual Relationships: is sexting a relationship enhancer in intimate partner relationships?” (“Relacionamentos sexuais: o sexting é um potencializador da relação em relacionamentos íntimos?”, em tradução livre) foi feito por meio de 465 entrevistas anônimas preenchidas por questionário on-line. Dessa amostra, 86,2% moravam com o parceiro.
Para a pesquisa, foram considerados sexting conteúdo sexual e flertes digitados, conversas sobre sexo e intimidades, envio de fotos com nudes e seminudes, além do envio de vídeos de cunho sexual, seja de si ou pornográficos.
A prática aproxima casais e pode ser feita como preliminar
O estudo também mostrou que 14% dos entrevistados usaram o sexting quando estavam separados por longos períodos de tempo de seus parceiros, enquanto 10% afirmaram usar a prática como preliminar. Por outro lado, 8% sentiam-se desconfortáveis com a prática e não a utilizavam, enquanto 8% disseram não sentir necessidade do hábito, já que moravam junto com o parceiro.
Para Amanda Baker, autora do estudo, a prática pode ajudar na construção do relacionamento. “Os resultados deste estudo podem ajudar profissionais clínicos e educadores a entenderem como o sexting afeta as relações românticas”, escreveu a pesquisadora.
Também foi analisado o impacto da pandemia nos casais. Para 60% dos entrevistados, o isolamento social imposto para conter a disseminação da COVID-19 trouxe um impacto negativo para o relacionamento. Já 27% afirmaram que a crise sanitária os aproximou, enquanto 14% relataram diminuição da frequência sexual ou a redução da satisfação com o relacionamento.
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"O estudo também descobriu que os participantes achavam que as mensagens de texto eram mais importantes do que [outros conteúdos de] sexting em seu relacionamento durante a pandemia", relatou Baker.