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Exercitar o autoconhecimento é uma atividade sempre bem vinda em nosso cotidiano. É com ela que iremos aprender mais sobre quem somos, refletindo sobre nossas qualidades, mas também sobre nossas limitações e defeitos. Para ajudar nessa tarefa, a psicóloga Adriana de Araújo indica a terapia do espelho, uma prática que auxilia no desenvolvimento e fortalecimento da autoestima, e que também aumenta a segurança pessoal e emocional de quem faz.
O espelho torna-se um grande aliado porque ele faz com que você lide consigo mesmo. Seus olhos estão focados em si. A observação dos sentimentos, seguida da aceitação de quem se é, fazem deste objeto uma grande ferramenta de reflexão. "Ali é um momento de interação consigo. O olhar no espelho mostra o momento e evita a fantasia para o passado e o futuro. É um modo de ajudar a focar no agora", diz Adriana.
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Por que fazer a terapia do espelho?
Praticar este exercício de autopercepção pode trazer sentimentos positivos em relação aos aspectos gerais de sua vida. Isto porque a terapia do espelho traz alívio, auto aceitação e uma maior compreensão de quem se é, de como você está emocionalmente no presente, e como as emoções passadas influenciam em quem você é hoje. Tudo isso através da reflexão e da autoanálise.
Além disso, a terapia do espelho, para quem não está acostumado a olhar para si, pode ser um ótimo primeiro passo em direção ao autoconhecimento. Isso porque ela é feita em casa, o que proporciona maior privacidade e conforto. Isso evita, por exemplo, a sensação de invasão, o que pode ser uma vantagem para quem não se sente pronto para conversar sobre os problemas com outras pessoas.
Como fazer a terapia do espelho
Prepare o ambiente
Encontre um local calmo e tranquilo com um espelho. Use o silêncio para entrar em contato com suas fraquezas e potencialidades, analisando o quanto elas andam se perdendo nas obrigações cotidianas.
Questione-se
Adriana orienta a dividir a vida em alguns aspectos, como temas familiares, relacionamentos, trabalho, lazer e saúde. Reflita sobre o que você deseja em cada um desses campos e pergunte-se: o que posso fazer para realizar meus sonhos? Estou no caminho certo para chegar lá? Formulando essas perguntas e sendo sincero consigo é possível saber o quanto você está alinhado com o seu objetivo.
Entre em sintonia consigo
Fazer boas perguntas diante do espelho é essencial, porque são elas que vão encaminhar suas atitudes dali para frente. Mas você precisa entrar em sintonia com as respostas que essas perguntas produzem. Descobrir que um relacionamento não traz aquilo que você deseja, mas insistir nele por medo de ficar só, só vai produzir ainda mais angústias. Então, mais do que se olhar no espelho, considere as verdades que você passa a enxergar.
Pode acontecer de sua atenção se desviar para outras questões. se isso acontecer, tudo bem. Tente focar novamente no ponto que estava prestando atenção.
Permita que os sentimento venham à tona
A terapia do espelho tem como objetivo possibilitar que cada um entre em contato com seu íntimo. Esse mergulho dentro de si pode trazer sentimentos à tona. Aproveite o momento para perceber por que eles surgem, o que significam e de vazão. Entender o que se sente é o primeiro passo para alcançar uma transformação.
Acolha-se
Momentos de reflexão também podem ocasionar autocrítica. Adriana reitera que não é esse o objetivo da prática. É importante ser gentil com quem você é, tendo em mente que há possibilidades de resolução para suas aflições. Procure não se culpar pelos pontos negativos de sua vida, use-os como incentivo para buscar resoluções.
Quando fazer a terapia do espelho
Segundo Adriana de Araújo, a terapia do espelho não deve se tornar uma substituta da psicoterapia tradicional para pessoas que encontram-se em estado emocional frágil. A depressão, por exemplo, precisa de auxílio profissional. "Normalmente, quem está mais 'abalado' precisa de um suporte profissional externo, ou seja, o caminho indicado não é olhar para si no espelho, mas sim, olhar para o terapeuta e seguir novos rumos e práticas de melhoria", explica a psicóloga.
Para quem acredita estar bem, a técnica não apresenta riscos. Ela deve ser vista como um processo psicoterápico complementar, que irá proporcionar uma melhor vivência. Caso sinta-se vulnerável durante a prática, não ignore o sentimento, pois este pode ser um sinal de que a melhora psicológica autônoma não seja o melhor caminho para o sucesso que deseja. Nesse caso, busque também a ajuda de um especialista.