Graduada em Medicina pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Priscila fez residência médica em Ginecologi...
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A gravidez demanda de nutrientes, afinal, até a chegada do bebê, o corpo passa por uma série de transformações. A vitamina D, por exemplo, não pode ficar em falta. "Durante a gestação, o ideal é manter as taxas entre 40 e 70 ng/ml de sangue", explica a ginecologista e obstetra Priscila Pyrrho.
A vitamina D é em equilíbrio é essencial para promover o crescimento saudável da plascenta e reduzir o risco de aborto espontâneo e pré-ecâmpsia. Também colabora com a formação óssea, a liberação de insulina, o bom funcionamento do sistema imunológico e a absorção de cálcio e fósforo tanto na mãe quanto no bebê. Ou seja: a vitamina D baixa pode trazer sérias consequências para a gravidez.
O excesso também faz mal
Segundo a especialista, níveis acima de 250 ng/ml são igualmente perigosos para a saúde. "A principal complicação é levar ao aumento dos níveis de cálcio no sangue, podendo ocasionar depósitos nos rins, nos vasos sanguíneos, no coração e nos pulmões", esclarece.
Em casos mais graves, o excesso de vitamina D e, consequentemente, de cálcio no organismo, pode causar prejuízos na filtração do sangue de forma que o paciente passe a apresentar insuficiência renal aguda ou crônica. O caso, porém, é raro, e tende aparecer quando há excessos no consumo de suplementos.
Como manter as taxas adequadas?
A melhor forma de obter vitamina D é por meio da exposição solar - que deve ser feita todos os dias por cerca de 15 minutos antes das 10h ou das 16h para evitar um contato muito grande com os raios ultravioleta.
Em uma escala menor, ingerir alimentos com esse nutriente também pode fazer a diferença. Por isso, Priscila indica comer gema de ovo, atum, salmão, bife de fígado, cogumelos e ostras cruas.
O problema é que as grávidas têm maior tendência de sofrer com a falta de vitamina D. "Na verdade, a maioria das delas já começa a gestação com deficiência e depois isso piora, já que as demandas dessa vitamina são ainda maiores durante esse período".
O indicado, então, é acompanhar as taxas do nutriente antes mesmo de engravidar. Isso costuma ser feito por meio de exames de sangue, que em seguida devem ser realizados pelo menos uma vez por trimestre de gestação.
Quando suplementar?
Os médicos geralmente indicam a suplementação quando os níveis sanguíneos estão abaixo do recomendado ou quando há risco de desenvolver uma deficiência por não tomar muito sol ou ter alguma doença que favorece o problema.
Priscila garante que o método não coloca a gestação em risco, ao contrário do que diziam no passado: “A vitamina D não somente é segura como importantíssima para a saúde da mulher e do bebê desde que, é claro, se respeitem os limites adequados”.
Os especialistas fazem a prescrição considerando quanto de vitamina D está em falta no organismo, se a pessoa está apresentando sintomas de deficiência e avaliando a resposta individual. Afinal, alguns se recuperam muito rápido enquanto outros precisam de doses mais elevadas para atingirem as taxas ideais.
“Na gestação, como a placenta quebra muito rápido essa vitamina, é preferível que a suplementação seja feita diariamente em doses baixas do que em doses altas semanais”, conta Priscila. Além disso, de acordo com ela, os suplementos em óleo devem ser priorizados em relação aos comprimidos para melhorar a absorção do nutriente.
Como cada caso precisa ser avaliado individualmente, o mais adequado é consultar um médico antes de tomar qualquer suplemento.