Formação acadêmica Medicina UNIFENAS - Universidade José do Rosário Vellano (2011-2017) Infectologia Hospital Heliópolis...
iRedatora entusiasta de beleza e nutrição, autora de reportagens sobre alimentação, receitas saudáveis e cuidados pessoais.
iQuando o assunto é sobre ser possível namorar uma pessoa com HIV, alguns tabus precisam ser desmistificados. Segundo a infectologista, Carolina dos Santos Lázari, é perfeitamente possível se relacionar com alguém que tem HIV.
“Graças aos medicamentos antirretrovirais disponíveis atualmente, pessoas que vivem com HIV têm expectativa de vida comparável à da população que não vive com o vírus, e podem ter saúde e boa qualidade de vida como qualquer pessoa”.
Além disso, a médica esclarece que o tratamento adequado para quem possui HIV torna o vírus indetectável no sangue através do exame de carga viral. Isso não só evita que a pessoa tenha a sua imunidade prejudicada e desenvolva doenças oportunistas como também faz com que ela deixe de transmitir o vírus para outras pessoas por via sexual.
Cuidados necessários ao conviver com quem tem HIV
Segundo a infectologista Aline Scarabelli o risco de se relacionar com alguém que possui HIV só existe quando não há os cuidados necessários. Ou seja, o mais importante é que a pessoa que vive com HIV trate-se regularmente para manter a carga viral indetectável.
Caso a pessoa não esteja com a carga viral indetectável, é necessário usar preservativo. “O uso dos preservativos pode ser dispensado somente em relacionamentos estáveis com pessoas que fazem o uso regular de medicamentos antirretrovirais e cuja carga viral esteja persistentemente indetectável”, explica a especialista.
Além do uso de preservativo, a infectologista ainda esclarece que existem outras formas de prevenção da transmissão do HIV, como o uso de medicamentos antes de uma possível exposição ou após uma relação de risco (PrEP e PEP).
Como lidar com a situação?
Para a psicóloga Luana Menezes, é comum a pessoa soropositivo ter receio de falar por medo de rejeição e/ou afastamento da outra, mas esconder algo importante e que pode impactar a vida do parceiro não é uma forma saudável de iniciar uma relação.
“Ambos precisam cuidar dos seus medos, exercitar a empatia, dialogar sobre seus sentimentos, buscando em conjunto se apoiarem e soluções para lidar, inclusive podendo buscar informações de como lidar com profissionais da saúde e psicoterapia de casal”, explica a profissional.
Referências
Luana Menezes, psicóloga e autora do livro "Eu só quero brincar", pela Literare Books - CRP: 05/39694