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O enjoo é um dos sintomas mais comuns durante o período gestacional, causado especialmente pelo aumento gradativo do hormônio Beta HCG. A maioria das gestantes começa a apresentar o incômodo nas primeiras semanas de gravidez, período em que há o aumento hormonal. O enjoo pode surgir acompanhado de outros sintomas, como náuseas e vômitos, dor de estômago e indisposição.
Em alguns casos, quando a presença de vômito é muito frequente, é importante adotar alguns cuidados para evitar a desidratação e a carência de nutrientes, sempre com orientação médica. Mudanças de hábitos também ajudam a diminuir o enjoo e a melhorar a qualidade de vida da gestante no período.
O que causa o enjoo na gravidez?
O aumento do hormônio Beta HCG, produzido pelo organismo durante a gestação pelas células precursoras da placenta, é a principal causa do enjoo e da náusea na gravidez. O sintoma pode ser mais frequente e intenso em pacientes gemelares. Contudo, outros fatores também podem influenciar o quadro e aumentar as chances da pessoa apresentar o sintoma, como:
- Motilidade gástrica, que ocorre quando o estômago não trabalha de maneira adequada
- Problemas na tireoide, como hipertireoidismo
- Pedra na vesícula
- Gravidez molar
- Fatores psicológicos, como estresse e ansiedade
- Consumo de certos alimentos, como caldos e condimentos.
Sintomas que acompanham o enjoo na gravidez
O principal sintoma que acompanha o enjoo na gravidez é o vômito. Se ele for frequente, pode provocar indisposição (devido à perda de nutrientes), dor de cabeça, desidratação e até desmaios. Além disso, devido ao excesso de suco gástrico, a gestante também pode apresentar um quadro de gastrite.
O que é bom para o enjoo na gravidez?
Com a orientação de um médico, é possível aliviar o enjoo na gravidez a partir da adoção de alguns hábitos de vida — o que inclui especialmente mudanças na alimentação. Confira alguns deles:
- Coma de três em três horas: além de evitar exageros nas principais refeições, o hábito contribui para que o processo de esvaziamento do estômago seja mais rápido, uma vez que a quantidade de comida consumida é menor
- Realize atividades físicas: atividades leves, como caminhada, favorecem a digestão e contribuem para o alívio do estresse emocional
- Faça repouso: se feito de forma periódica, o repouso também ajuda a aliviar o estresse e a ansiedade — fatores psicológicos que podem desencadear os enjoos. Além disso, quando em repouso, o organismo direciona o fluxo sanguíneo para outras funções, como a digestão, o que acelera o processo
- Evite líquidos durante as refeições: o consumo de comidas mais secas, evitando beber líquidos durante a refeição, é recomendado para evitar o enjoo na gravidez. Molhos, caldos e condimentos devem ser evitados
- Diminua a ingestão de café: o consumo da bebida, que possui um cheiro forte e gosto acentuado, pode desencadear o enjoo na gravidez. Além disso, o café também deve ser evitado no período por ser um estimulante, provocando o aumento da frequência cardíaca da mãe e do bebê.
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Remédios para enjoo na gravidez
A administração de medicamentos antieméticos comuns pode ser indicada pelo médico para aliviar quadros intensos de enjoo na gravidez, como plasil e dramin. A prescrição deve considerar alguns fatores individuais da pessoa. Ressalta-se que a automedicação não deve ser feita e pode causar complicações para a gestante e para o bebê.
Além dos medicamentos, o especialista pode indicar alguns métodos naturais para o alívio do sintoma, como o uso de óleos essenciais de hortelã e de lavanda e o consumo de um pedaço de gengibre. A acupuntura também é uma opção para diminuir o enjoo e a náusea na gravidez.