Psicóloga clínica, Mestre em Psicologia e Saúde pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA),...
iJornalista com sete anos de experiência em redação na área de beleza, saúde e bem-estar. Expert em skincare e vivências da maternidade.
iO controle excessivo dos pais pode afetar a vida dos filhos de diferentes formas, causando prejuízo nas relações, na vivência das emoções e na liberdade de expressão. Quanto mais há controle excessivo de uma criança muito pequena, por exemplo, maiores serão os impactos ao longo de seu desenvolvimento.
“Quando isso ocorre, a criança poderá se desenvolver um adulto muito preocupado com regras, focado no certo e errado, na razão em detrimento das emoções, terá medo de punição e consequências negativas, além de um senso de dever interno muito excessivo que impacta a vida de uma forma global”, fala a psicóloga Ana Streit.
Por isso, é fundamental que o contexto familiar leve a criança a um espaço saudável de exercício da autonomia e liberdade, com tarefas graduais que vão desde uma autonomia mais restrita, como escolher entre duas roupas selecionadas, até a autonomia maior de um adolescente de escolher qual curso vestibular irá prestar.
Indícios do controle excessivo nos filhos
Um dos sinais de que o controle excessivo pode estar começando a afetar negativamente a saúde mental dos filhos é quando a criança perde o seu brilho natural, sua espontaneidade, sua ingenuidade e sua brincadeira natural.
“Uma criança que vivencia um controle excessivo, por exemplo, é uma criança que em uma loja de brinquedos não chora, nem pede pela boneca, apenas conta com a sorte ou a boa vontade dos pais para que deem o brinquedo a ela, porque aprendeu a se conter, e a se podar. No entanto, o natural de uma criança é poder se expressar livremente, e os pais a ajudarem a se organizar e se regular emocionalmente”, pontua Ana.
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Como estabelecer um limite de controle saudável?
A construção de confiança e autonomia dos filhos precisa ser estabelecida à medida em que eles vão crescendo e se tornando mais responsáveis. De acordo com a especialista, o mais importante é encontrar um equilíbrio que seja dentro do bom senso e que preserve a criança de perigos, mas que não pode sua liberdade.
“É importante construir uma relação de confiança e de vínculo seguro e forte para que seu filho saiba que pode correr para você quando os problemas surgirem, e não correr de você”, finaliza a psicóloga.
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