Médica, Psiquiatra com Especialização em Nova York / Columbia University /New York State Psychiatric Institute e duas pó...
iFormou-se em em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Nos últimos três anos, aprofundou seus conhecimentos em beleza e autocuidado.
iAfinal, como saber se estou com depressão? Como a doença tem sintomas que podem ocorrer em pessoas que não necessariamente estão deprimidas, é normal ter essa dúvida. Tristeza e desânimo são os sintomas mais associados com a depressão. Porém, a psiquiatra Jessica Martani chama a atenção para outros sintomas que são mais característicos desse distúrbio.
Principais sintomas de depressão
Segundo a Dra. Jessica Martani, os principais sinais de depressão são:
Perda de prazer nas coisas que gosta de fazer;
- Alteração de libido
- Alteração de sono
- Alteração de fome
- Pensamentos negativos
- Pensamentos de desvalia e uma visão mais pessimista do mundo
- Pensamentos catastróficos
- Tristeza que não passa
- Choro sem motivo
- Sensação de angústia
Ou seja, tem sentido muito mais ou menos sono e fome que o normal? Perdeu a libido e sua mente tem sido invadida por pensamentos extremamente negativos e angustiantes? Você pode estar com depressão.
Saiba mais: Prevenção e tratamento da depressão
Tristeza comum ou depressão: como diferenciar?
Uma das principais formas de diferenciar uma tristeza comum da tristeza característica da depressão é a duração do sintoma. Se você fica triste sem motivo aparente, este também é um sinal vermelho.
“A tristeza passa a ser um sinal de alerta quando ela acontece por gatilhos pequenos ou sem gatilhos, em uma intensidade desproporcional e numa duração desproporcional”, destaca a psiquiatra.
De acordo com a Dra. Jessica, a tristeza também aponta para um quadro depressivo quando começa a ter impactos negativos na sua vida cotidiana, atrapalhando seus relacionamentos e atividades do dia a dia.
Como saber se estou com depressão: diagnostico
Identificar os sintomas é um bom primeiro passo. Mas, se você quer mesmo confirmar se tem depressão, o ideal é consultar um especialista. “O profissional responsável para o diagnóstico é o médico psiquiatra, também é muito importante a psicoterapia”, explica.
Segundo a psiquiatra, o diagnóstico normalmente é realizado após duas semanas de persistência dos sintomas. “Em alguns casos, dependendo da intensidade e do prejuízo, é possível que o profissional já consiga observar uma anormalidade e detectar sintomas”, afirma a Dra. Jessica.
Viu algum site oferecendo “teste para saber se tenho depressão”? Fuja. O diagnóstico profissional leva em consideração vários fatores psicossociais que não podem ser analisados por uma inteligência artificial.
Fatores de risco para a depressão
Assim como outras doenças e distúrbios, a depressão tem alguns fatores de risco. Segundo a Organização Panamericana de Saúde (OPAS), essas são as condições que aumentam o risco de se desenvolver depressão:
- Fatores bioquímicos e psicológicos (ou seja, a genética e a própria bioquímica cerebral do indivíduo)
- Doenças cardiovasculares
- Eventos traumáticos ou infortúnios (perda financeira, desemprego, luto)
As entidades de saúde também apontam conflitos familiares e conjugais, além da dependência de substâncias ilícitas como fatores de risco para a depressão. Ainda de acordo com a OPAS, mulheres são mais afetadas pela depressão que os homens.
Saiba mais: Existe relação entre diabetes, obesidade e depressão?
A depressão pode ser debilitante
Embora seja uma doença psicológica, a depressão pode ser altamente debilitante. Segundo a psiquiatra Jessica Martani, o distúrbio é uma das principais causas de afastamento do trabalho atualmente.
“A depressão pode ser sim debilitante a ponto da pessoa não se reconhecer mais, não conseguir seguir em frente em seus sonhos e sentir que nada vale a pena”, diz.
Por isso, o acompanhamento psiquiátrico e a psicoterapia são tratamentos de extrema importância após o diagnóstico da depressão. Hoje, além do atendimento presencial em consultórios, existem psiquiatras e psicólogos que oferecem sessões online.
O SUS é mais uma alternativa para aqueles que não possuem meios de fazer o tratamento na rede particular. Através dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), o órgão oferece atendimento comunitário em diversas regiões do Brasil.