Graduada em Psicologia pela Universidade Bandeirante de São Paulo (UNIBAN), Lizandra Arita é psicóloga institucional e c...
iJornalista especializado na cobertura de temas relacionados à saúde, bem-estar, estilo de vida saudável e à pratica esportiva desde 2008.
iO autismo, ou transtorno do espectro do autismo (TEA), é uma condição de desenvolvimento neurológico que se manifesta principalmente durante a primeira infância, sendo caracterizado por dificuldades de comunicação e interação social, além da presença de comportamentos e/ou interesses repetitivos ou restritos.
O autismo é dividido em três níveis, de acordo com a forma como limitam ou prejudicam o funcionamento diário. O autismo leve se enquadra no nível 1 de autismo, classificado como "requerendo apoio", ou seja, é necessário algum nível de suporte.
Mas quais são os sintomas de autismo leve e como saber se uma criança, por exemplo, tem este nível de autismo? Continue lendo para entender!
Quais os sintomas do autismo leve?
O mais correto é falar sobre as características do autismo leve. “Nesses casos, observa-se uma série de desafios relacionados à comunicação social, como dificuldade em iniciar interações sociais e um potencial reduzido para demonstrar interesse em conexões sociais”, explica Lizandra Arita, psicóloga da Clínica Mantelli.
Leia mais: Autismo em bebês: em que idade é possível diagnosticar?
Segundo ela, em termos de comportamento, há uma rigidez na adaptação em diferentes contextos, podendo também haver dificuldades na transição entre atividades e problemas relacionados à organização e ao planejamento. Também podem haver obstáculos significativos em alcançar a independência devido a esses desafios enfrentados.
Então, como identificar autismo leve?
Os sinais de autismo normalmente são notados na infância e bebês podem ter sinais de autismo, porém, “o diagnóstico é mais fidedigno depois dos 2 anos, quando é possível avaliar melhor as habilidades sociais, de comportamento e linguagem”, fala Tatiana Mota da Silva, pediatra da Clínica Mantelli.
Em bebês e crianças pequenas, a dificuldade para fixar o olhar é um dos primeiros sinais observados “Mas é muito sutil nesse momento, conforme a criança vai evoluindo, vai ficando um pouquinho maior, vão passando os meses, a gente tem que associar os sinais, não é só isso, mas isso já é um sinal”, completa Cecília Gama, pediatra integrativa da Clínica Mantelli.
Com a evolução do desenvolvimento podem aparecer outros sinais. Por exemplo, a criança não dá tchau, não aponta, não interage com outras crianças e prefere brincar sozinha. Movimentos repetitivos de algum tipo com a mão ou até com a cabeça também são comuns.
A seguir, veja alguns sinais característicos de autismo leve que podem ser observados:
- Dificuldades de comunicação social: incluindo dificuldade em manter contato visual durante uma conversa, falta de interesse em compartilhar experiências ou emoções e dificuldade em entender as nuances da linguagem não verbal
- Padrões repetitivos de comportamento: adesão rigorosa a rotinas e horários específicos, interesses intensos e específicos em temas particulares, comportamentos repetitivos, como balançar o corpo, bater palmas ou alinhar objetos
- Sensibilidade sensorial: sensibilidade extrema ao som, luz, textura ou cheiro, ficando sobrecarregado em ambientes barulhentos ou muito movimentados
- Dificuldades na interação social: dificuldade em iniciar ou manter uma conversa, com aparente desinteresse em interações sociais. Dificuldade em entender as emoções dos outros ou em expressar as próprias emoções
- Comunicação não verbal atípica: expressões faciais limitadas ou inexistentes e postura corporal rígida ou movimentos corporais incomuns
Leia mais: O que é autismo e por que chama de espectro?
O que fazer ao identificar sinais de autismo?
Ao identificar qualquer sinal de autismo em bebês ou crianças, converse com o pediatra que acompanha a criança para um diagnóstico. Quanto mais nova a criança, mais difícil é chegar no diagnóstico, mas mesmo assim deve ser feita uma consulta.
Uma avaliação de autismo, normalmente, pode incluir exames físicos e neurológicos completos, procedimentos específicos, como:
- Entrevista diagnóstica para autismo revisada (ADIR)
- Programa de observação diagnóstica do autismo (ADOS)
- Escala de classificação do autismo em crianças (CARS)
- Escala de classificação do autismo de Gilliam
- Teste de triagem para transtornos invasivos do desenvolvimento
- As crianças com suspeita de autismo ainda podem passar por testes genéticos em busca de anomalias nos cromossomos