Cirurgia de adenoides e amígdalas em crianças: quais os riscos?

As amígdalas e as adenoides são tecidos que fazem parte do sistema imunológico, desempenhando um papel importante na defesa do organismo contra infecções. No entanto, para algumas pessoas, a remoção delas pode ser necessária.

“A cirurgia de retirada se torna essencial quando as amígdalas e as adenoides crescem de forma progressiva, a ponto de causarem obstrução mecânica na passagem do ar”, explica Cláudia Eckley, otorrinolaringologista do Fleury Medicina e Saúde.

Segundo ela, as adenoides, localizadas na região da garganta, podem crescer a ponto de gerar problemas como:

• Ronco
• Apneia
• Respiração pela boca
• Infecções respiratórias repetitivas, como sinusites e otites

Já o aumento progressivo das amígdalas pode atrapalhar a passagem de alimentos sólidos e aumentar a propensão a infecções.

Mas se esses tecidos são tão importantes, uma dúvida comum é sobre quais podem ser os riscos da cirurgia de adenoides e amígdalas em crianças. Segundo Eckey, são poucos e bem raros. 

“O risco maior associado a essa cirurgia é o potencial de hemorragia, porque esses são tecidos altamente vascularizados e que podem levar a sangramento no pós-operatório imediato”, explica.

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Como evitar os riscos da cirurgia de adenoides e amígdalas?

Os riscos da cirurgia de adenoides e amígdalas podem ser minimizados com alguns cuidados no pré e no pós-operatório. Por exemplo, o primeiro passo é evitar fazer a cirurgia se houver alguma infecção.

“Além disso, o zelo pós-cirurgia é primordial: a criança deve fazer repouso absoluto, não se expor ao sol e evitar alimentos sólidos, muito quentes ou gelados, que possam machucar a garganta no processo de cicatrização”, orienta a otorrinolaringologista.

A médica enfatiza ainda que na primeira semana do pós-operatório é importante evitar atividades físicas exageradas, que acelerem o ritmo cardíaco, para que o processo de cicatrização ocorra com sucesso, reduzindo os riscos de hemorragias.

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Quais os efeitos da cirurgia de amígdalas e adenoides em crianças?

Como o aumento excessivo de amígdalas e adenoides afeta a passagem da respiração, quando a obstrução é removida, a criança passa a respirar melhor e a sofrer menos com as frequentes infecções respiratórias. 

“Ocorre uma melhora global, a criança vai se alimentar melhor, vai dormir melhor, vai crescer dentro do potencial dela, porque toda vez que a criança fica doente, ela para de comer e, consequentemente, isso afeta o crescimento”, esclarece Cláudia Eckley.

Segundo ela, a resolução das infecções de repetição, comuns nos casos de crescimento desses tecidos, também permite que a curva de crescimento da criança se faça ininterruptamente ao longo da infância.

Vale destacar que a cirurgia de adenoides e amígdalas não interfere no sistema imune, já que o organismo apresenta outros mecanismos capazes de suprir as necessidades de defesa.

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