Psicóloga formada em 1998 pela Faculdade de Ciências e Letras, com validação e equivalência de diploma pela Universidade...
iNão é uma tarefa simples lidar com pessoas que nos provocam constantemente, mas é uma tarefa possível. Isso requer equilíbrio emocional para lidar com os desafios e desgastes das provocações. Entender os comportamentos envolvidos, diferenciar situações reais de provocação daquelas que parecem, mas na verdade não são intencionais, desenvolver estratégias para lidar com essas interações são passos fundamentais para preservar a paz interior.
Você consegue saber quando alguém está intencionalmente te provocando ou de alguém que sem querer acaba tendo o mesmo efeito? Quando nos sentimos provocados, normalmente ficamos irritados e ofendidos. Porém, nem todas as vezes que sentimos irritação ou achamos que algo é pessoal foi uma ação direta de alguém para nos fazer mal de caso pensado. Você já analisou isso antes?
Às vezes, a percepção de provocação pode ser influenciada por sua própria insegurança, história de vida, crenças e distorções. É fundamental ser capaz de distinguir entre uma provocação genuína, intencional e deliberada de uma interpretação distorcida de um comportamento inadequado ou apenas mal interpretado.
Portanto, faça uma autoavaliação, refletindo sobre suas próprias inseguranças e traumas que podem estar distorcendo sua percepção e, consequentemente, suas conclusões.
Procure ter uma conversa aberta, se comunicando diretamente com a pessoa envolvida para esclarecer intenções e sentimentos. Pergunte e não afirme, converse e não vá para o confronto.
Veja abaixo quais são os comportamentos provocativos mais comuns e observe se você passa por isso.
Críticas constantes: pessoas que questionam suas ações e escolhas sem ter nada a ver com a situação, sem ver nada de positivo e também geram uma sensação de inadequação constante por tantas críticas.
Sarcasmo e ironia: o uso constante de sarcasmo e ironia na tentativa de disfarçar a real intenção agressiva das palavras costuma criar um ambiente hostil e desafiador.
Desconsideração: ignorar suas opiniões e sentimentos, demonstrando completo desrespeito, desinteresse ou mesmo compaixão com suas necessidades.
Comparações desfavoráveis: estabelecer comparações pessoais ou profissionais que ressaltam suas supostas falhas, dificuldades ou mesmo inferioridades de modo completamente injusto, desrespeitoso.
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8 dicas para lidar com pessoas provocativas
1 - Mantenha a calma: responder com calma e controle emocional pode neutralizar a provocação.
2 - Estabeleça limites: defina limites claros e comunique-os assertivamente, mostrando que certos comportamentos não serão tolerados.
3 - Exercite a empatia: tente compreender as motivações por trás do comportamento provocativo, muitas vezes, enraizado em inseguranças da outra pessoa.
4 - Escolha suas batalhas: nem toda provocação merece uma resposta. Avalie se vale a pena entrar em conflito ou se é mais saudável ignorar.
5 - Foque em soluções: em vez de se concentrar no problema, busque soluções construtivas para resolver conflitos, como uma boa conversa em outro momento.
6 - Desenvolva resiliência: reforce sua resiliência emocional, lembrando que você pode desenvolver autocontrole sobre como reagir às provocações.
7 - Busque apoio: conversar com amigos, familiares ou um psicoterapeuta que possa fornecer perspectivas externas, percepções diferentes e apoio emocional.
8 - Aprenda continuamente: compreenda cada provocação como uma oportunidade para aprender mais sobre si mesmo, sobre o outro e desenvolver habilidades de enfrentamento ou até mesmo de afastamento da pessoa provocativa.
Lidar com pessoas provocativas requer o fortalecimento do equilíbrio emocional para não brigar (e perder a razão!), autorreflexão e estratégias práticas de enfrentamento. Ao entender melhor os comportamentos envolvidos é possível adotar medidas de melhoria na comunicação para preservar a paz interior e manter relacionamentos de modo mais saudável.
Se sentir necessidade, lembre-se de buscar a orientação de um profissional. Como psicóloga clínica há 25 anos, posso afirmar com certeza que a terapia pode oferecer suporte adicional para lidar com desafios emocionais complexos.
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