Médica infectologista pelo Instituto de Infectologia Emílio Ribas (IIER). Experiência em Gestão de Saúde como coordenado...
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Segundo o Ministério da Saúde, mais de 45 mil casos de COVID-19 já foram registrados em 2024. O alto número de infecções traz de volta a importância de saber identificar os sintomas e o momento certo de fazer o teste e de iniciar o isolamento.
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Sintomas da COVID-19 em 2024
A infectologista Rebecca Saad alerta que os sintomas de COVID-19 são bastante similares aos sintomas de gripe.
De acordo com a médica, são sintomas gerais da COVID-19:
A médica destaca que os sintomas costumam ser mais leves naqueles que foram vacinados com a vacina da COVID-19. Além disso, a similaridade dos sintomas de COVID-19 com os sintomas de gripe torna mais difícil para os pacientes diferenciarem as doenças por si só.
Por isso, a importância de realizar o teste. “O teste de antígeno é o mais usado, tanto para identificar a influenza, que causa a gripe, quanto para o coronavírus, que causa a COVID-19”, afirma.
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Quando fazer o teste de COVID-19?
Rebecca explica que a presença do vírus na secreção respiratória é maior no segundo ou terceiro dia de doença. Assim, o teste de COVID-19 pode ser feito já nos primeiros dias com sintomas.
Em caso de resultado negativo com sintomas ainda persistentes, o ideal é fazer um novo teste. “Se começaram os sintomas, eu fiz o teste e deu negativo, mas o quadro é muito sugestivo, o ideal é que se repita o teste entre 24 e 48 horas depois do primeiro teste”, alerta.
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Período de isolamento e uso de máscara
Em caso de resultado positivo para COVID-19, o isolamento é de sete dias para pacientes assintomáticos e de 10 dias para pacientes com sintomas persistentes.
O paciente que apresentar sintomas leves deve fazer um novo teste no quinto dia de isolamento. “Se a pessoa estiver assintomática, sem febre, e com melhora comparativa dos sintomas respiratórios, no oitavo dia ela pode voltar ao trabalho”, afirma a infectologista.
Já o período de uso de máscara também deve ser de, pelo menos, 10 dias em todos os casos. “Deve-se ficar de máscara até completar 10 dias. Mesmo que o paciente volte ao trabalho, ele deve ficar o tempo todo de máscara”, alerta.
Isolamento de pacientes imunossuprimidos e crianças
A exceção à regra são pacientes imunossuprimidos e crianças, que precisam de um isolamento mais prolongado. “Pacientes imunossuprimidos e crianças podem transmitir por 21 dias. Então o isolamento é maior”, destaca.
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COVID-19 vs. Dengue vs. Influenza
Além dos novos casos de COVID-19, o ano de 2024 também enfrenta uma epidemia de dengue. Em meio à possibilidade de infecção por diferentes doenças, existem formas de diferenciar os sintomas de cada uma.
“Uma diferença importante entre COVID-19 e dengue é que o COVID-19 dá mais sintomas respiratórios, como coriza, espirro e tosse. Isso a dengue não dá. Mas os sintomas gerais de mal-estar, dor no corpo e dor de cabeça podem aparecer tanto na dengue quanto na COVID-19”, explica Rebecca Saad.
Outro bom indicativo pode ser o contexto em que os sintomas surgiram. “Se tem algum familiar com dengue ou com COVID-19, se na rua há muitos casos de dengue ou na empresa, por exemplo.” Em todo caso, apenas a avaliação médica e a testagem são capazes de identificar a verdadeira origem dos sintomas.
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